O grupo de cidadãos autointitulado “A última janela para o mar” anuncia ir participar na consulta pública do documento de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) do projeto turístico Quinta da Rocha.
Este grupo bate-se contra o projeto porque entende que o mesmo viola o plano director municipal de Portimão e o regime da REN e “está em desconformidade com o plano de gestão da rede hidrográfica”.
Em comunicado, estes cidadãos consideram que “a história recente da Quinta da Rocha é uma triste história de violações e desconsideração pelo meio ambiente. É uma história de como, por milagre se transformaram casebres a cair, arrumos para alfaias agrícolas, vacarias, e outros edifícios sem qualquer aptidão para habitação, em prédios urbanos aptos para habitação. É uma história de como alguém um dia mandou bulldozers limpar valas sem qualquer preocupação pelo valor ambiental daquele espaço, sem qualquer consideração pelos valores biológicos em presença e pelo facto de aquele espaço, único no Algarve, ser um sítio RAMSAR e Rede Natura 2000″.
Daí que entendam que “qualquer intervenção humana naquele local merece a nossa maior atenção e não menor desconfiança”.
Este processo encontra-se em fase de consulta pública até 8 de maio. Apresentado pela empresa Water View,S.A, visa a implantação de um empreendimento ao longo de cerca de 200 hectares, na freguesia da Mexilhoeira Grande, concelho de Portimão, em parte da península da ria de Alvor, com uma área bruta de construção de 3.238 m².
O empreendimento prevê o desenvolvimento de tipologias de Turismo em Espaço Rural (TER), uma unidade de Hotel Rural e 9 unidades de Casas de Campo, aproveitando o edificado já existente que se pretende reconstruir, com a criação de um número total
de 64 camas.
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