Uma polémica campanha publicitária que convidava os turistas a irem para Marselha, fugindo, assim, da “confusão algarvia” já terá sido retirada das redes sociais do Aeroporto de Faro.
Isso mesmo garante, em comunicado, o presidente do Turismo do Algarve, João Fernandes, que, ao tomar conhecimento da campanha , “cujo conteúdo condena veementemente por atentar contra a imagem do principal destino turístico nacional” contactou a direção daquele aeroporto.
A resposta que obteve é que foi ordenada, imediata, “a cessação da referida campanha e o apuramento de responsabilidades pela divulgação da mesma.”
O Ministério das Infraestruturas e da Habitação informa que também pediu que “fossem tomadas medidas para retirar uma publicação que é contrária aos interesses do país, dos portugueses e da economia nacional.” Em nota emitida pelo Ministério liderado por Pedro Nuno Santos, acrescenta-se que a ANA, entidade que gere o aeroporto, “já promoveu uma averiguação sobre o que se passou e retirou de imediato a ligação em causa.”
Os deputados Cristóvão Norte (PSD) e Luís Graça (PS) já tinham, igualmente, vindo a público criticar a campanha. Luís Graça, que também é líder distrital do PS, exigiu “a suspensão imediata das campanhas patrocinadas pelo Aeroporto de Faro, promovendo destinos externos em alternativa ao Algarve” e contactou “a tutela para manifestar o seu desagrado.”
Ao mesmo tempo, “lamenta que PSD e do CDS tenham privatizado a ANA – Aeroportos de Portugal, entregando-a à Vinci Airports, empresa de capitais franceses, sem acautelar e salvaguardar o interesse nacional.”
Cristóvão Norte revelou ter recebido “dezenas de denúncias a respeito de uma campanha publicitária promovida, a correr nas redes sociais do Aeroporto de Faro que exortava os seus destinatários a abandonarem a “confusão algarvia” para se dirigirem a um destino de férias francês, assinalado como tendo marina, praias, água transparente e calor.”
Tal publicação, acrescentou, “é uma infame exibição de tolice e de desrespeito pelos algarvios, os quais esperam encontrar no seu aeroporto uma força motriz da sua promoção turística e não, como aparentemente se regista neste caso, uma desadequada e injustificada afronta, que colide com os interesses da região e a apouca perante os destinatários desta mensagem.”
O deputado garantiu ter enviado uma carta ao “presidente do Conselho de Administração da VINCI, solicitando que a situação não se repita e exigindo um pedido formal de desculpas aos algarvios, caso se confirmem os factos, com conhecimento ao director do Aeroporto de Faro e informando da mesma o Sr. Ministro da Economia, de modo a que se inteire da situação e exerça a sua influência para que a situação seja prontamente corrigida.”
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