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Um corpo encontrado na segunda-feira à noite no rio Loire foi identificado pelas autoridades francesas como pertencendo ao jovem lusodescendente desaparecido em Nantes em junho, noticiou hoje a BFMTV.
Steve Maia Caniço, lusodescendente de 24 anos, estava desaparecido desde 22 de junho, em França, tendo sido visto pela última vez durante uma intervenção policial numa festa em que participava, em Nantes.
Steve Maia Carriço participava numa festa de música tecno, no âmbito da tradicional Festa da Música, que se realizou em todas as cidades de França, com milhares de pessoas. Em Nantes, quando a festa degenerou em distúrbios, a polícia interveio e várias pessoas caíram à água.
O corpo foi retirado do rio Loire, em Nantes, na zona do cais Ferrand, e na segunda-feira à noite e, segundo a BFMTV, que cita fontes coincidentes, a autópsia confirmou que se trata do jovem lusodescendente.
As autoridades anunciaram a abertura de uma investigação por suspeitas de "homicídio involuntário", enquanto decorrem várias outras diligências para tentar esclarecer as circunstâncias da intervenção policial.
O desaparecimento do lusodescendente causou ondas de choque em França, devido às imagens e descrições da intervenção policial, que mostravam a utilização de gás lacrimogéneo e balas de borracha contra os jovens.
Há relatos de que 14 jovens terão então caído à água e foram socorridos pelos bombeiros, mas os amigos e a família não voltaram a ter notícias de Steve Maia Carriço.
A intervenção policial está a ser investigada pela Inspeção Geral da Polícia Nacional, havendo ainda um processo para apurar as causas este desaparecimento.
Duas associações francesas abriram um processo contra as autoridades, em nome de mais de 80 pessoas que estavam presentes aquando da carga policial.
Esta queixa coletiva foi apresentada por a ação policial ter "posto em perigo a vida" dos jovens, recorrendo a "violência voluntária", tendo reunido cerca de 140 testemunhos.
Segundo adiantou na ocasião a televisão France 3 da região de Nantes, Steve Maia Carriço não saberia nadar.
Lusa
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