Reservas de unidades de sangue do Instituto Português do Sangue e Transplantação aumentaram 45% devido a dádivas, após quebra provocada pela pandemia.
As reservas de unidades de sangue do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) aumentaram 45% entre 1 e 14 de maio, graças à adesão dos portugueses às dádivas de sangue. Ao combinar as dádivas de sangue ao IPST às unidades de sangue de todos os hospitais na primeira quinzena de maio, houve um aumento de 4,81% a nível nacional.
"Estes dados traduzem uma resposta muito clara da população portuguesa no envolvimento na dádiva de sangue", indica fonte oficial do IPST à SÁBADO.
No início de maio, foi noticiada uma quebra de 40% na disponibilidade de sangue em Portugal, devido à diminuição das dádivas em altura de pandemia do novo coronavírus. "Sabíamos que teríamos um impacto significativo na redução do número de dádivas de sangue" com a pandemia, indica fonte oficial do IPST à SÁBADO. Desde 16 de março e pelo menos até 2 de maio, foi acionado o alerta amarelo e os dadores registados foram convocados por SMS.
Graças à resposta dos portugueses, a 15 de maio o IPST já não se encontrava em "nível de alerta amarelo, para nenhum grupo sanguíneo". Isso quer dizer que a Reserva Estratégica Nacional de Sangue "garante uma actividade Transfusional para 7 ou mais dias".
Depois do alerta dado via redes sociais, SMS, media e dirigentes, "a resposta nacional foi muito positiva e gratificante", congratula-se fonte oficial do IPST. "Portugal é auto-suficiente em sangue e componentes sanguíneos" devido às doações regulares dos dadores. "A população portuguesa adere a causas, sejam públicas ou de outro âmbito, pela sua consciência de cidadania participativa, fazendo-o de forma voluntária e altruísta, pelo Bem do outro."
O que mudou com a pandemia de Covid-19 nas doações de sangue?À entrada do local onde vai doar sangue, com máscara, o dador é submetido à medição da temperatura e deve higienizar as mãos. "Privilegia-se a informação aos dadores, na entrada de sessões de colheita, com divulgação de alguns requisitos fundamentais à sua elegibilidade, solicitando-se que, caso não os preencham, não entrem nos locais destinados à colheita de sangue", explica o IPST.
"Garante-se o distanciamento social e o seguimento de medidas escrupulosas de desinfecção de superfícies e equipamentos, de forma periódica", indica o instituto. "Reforçou-se a divulgação, junto dos dadores, da informação pós dádiva, muito importante para garantir que o dador continua saudável após a dádiva de sangue."
Também foi reforçada a chamada hemovigilância, com o registo de reações adversas no receptor de transfusão e informação imediata aos serviços que forneceram os componentes em causa.
"Estão implementadas todas as medidas consideradas adequadas, à luz do conhecimento actual da doença COVID-19, para que todos, dadores e doentes, se sintam seguros, quer nos locais de colheita de sangue, quer nas entidades de saúde, públicas e privadas, prestadoras de cuidados de saúde, respetivamente", garante o IPST.
Os residentes em Aveiro ou arredores podem comparecer no Posto Fixo da ADASCA nas datas e horários indicados no cartaz.
Dia 10 de Junho a sessão de colheitas vai decorrer entre as 9 horas e as 13 horas. Mais informação no site http://www.adasca.pt/
O atendimento é feito por ordem de chegada. Convém utilizar máscara para auto-protecção pessoal.
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