O
assunto além de delicado é também complicado. Todos os anos este
cenário se repete, parece que não se aprende nada. Na época do
Verão, ou com a gripe sazonal, pelo Natal, passagem do Ano, festejos
do Carnaval e ainda na altura da Páscoa a quebra de dadores de
sangue nos locais de colheitas é mais do que evidente.
O
que acontece então? Surgem os apelos à dádiva de sangue com algum
dramatismo à mistura, passando a ideia que doentes podem correr
perigo de vida no caso de faltar sangue ou componentes sanguíneos,
se isso acontecer a culpa é dos dadores.
«Há
momentos em que os hospitais ficam com as reservas de sangue
reduzidas. Muitas vidas poderão ficar em perigo por falta de sangue
para transfusões. E afinal é tão simples dar uma pequena ajuda
para que nada disso aconteça. Se você der, se todos derem, não
haverá falta de sangue», esta mensagem foi difundida há uns anos
através dum folheto do então IPS.
Perante
um texto desta natureza, as pessoas ficavam alarmadas, podendo
sentir-se comprometidas no caso de não aderirem à dádiva de
sangue, com a imagem duma criança entubada num hospital qualquer a
apelar ao sentimento de compaixão dos leitores.
A
Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA),
única do género existente neste Concelho, que este ano completa 14
anos, nunca cancelou uma sessão de colheitas, como também nunca
virou a cara ao CST de Coimbra, ao contrário deste, cujos factos e
resultados falam por si.
A
propósito do tema para este “Porque
hoje é... Domingo”
foi enviado pela primeira vez à referida associação pelo o CST de
Coimbra o texto que a seguir se transcreve:
-
“Na necessidade de apresentarmos o maior equilíbrio possível no
pool de grupos sanguíneos existentes nos Bancos de Sangue
disponíveis para satisfazer todos os doentes que dele necessitam,
seja qual for o seu grupo sanguíneo, temos nesta altura do ano a
necessidade de aumentar esse pool, nomeadamente, para os
grupos sanguíneo O- e A- (negativos) e O+ e A+
(positivos).
Como
têm conhecimento dos grupos sanguíneos dos dadores que
habitualmente integram as vossas sessões de colheita de sangue,
apelo à vossa colaboração e solidariedade no sentido de os
tentarem contactar para, se reunirem as condições necessárias e
suficientes para doarem o seu sangue e o fazerem nos próximos dias.
Como
sei que o espírito de entreajuda é uma “marca” da vossa
Associação
Humanitária estou
certa que iremos em conjunto “melhorar,” os stock dos grupos
sanguíneos, acima referenciados para ajudar os doentes que mais
precisam do nosso apoio”, subscreve Maria Helena Gonçalves,
Assistente
Graduada Sénior de Imuno-hemoterapia.
Conclusão,
a ADASCA há dois anos que suspende as sessões de colheitas nos
últimos 15 dias do mês de Agosto, afim de proporcionar algum
descanso aos elementos da direcção. Não é um luxo, sim uma
necessidade psicofísica.
Decorrido
este período de tempo, as sessões de colheitas regressam à
normalidade, a saber: todas
as 4ª.s e 6ª.s feiras entre as 15 horas e as 19:30 horas, Posto
Fixo, localizado no Mercado Municipal de Santiago, 1º., Rua de Ovar
(Bairro Social de Santiago),Coordenadas GPS: N 40.62659, W -8.65133,
Tel.: 234 095 331,
com encaminhamento de chamadas sem valor acrescentado.
J.
Carlos
Director
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