Câmara de Cantanhede avança com candidaturas para remoção de fibrocimento
O Município de Cantanhede apresentou três candidaturas
destinadas à obtenção de financiamento para a remoção das coberturas de
fibrocimento que ainda se encontram em três estabelecimentos de ensino do
concelho, designadamente a Escola
Secundária Lima de Faria, em Cantanhede, a Escola Básica Carlos de Oliveira, em
Febres, e a Escola Básica e Secundária João Garcia Bacelar, na Tocha.
Há muito que a Câmara Municipal aguardava a
abertura de uma linha de apoio comunitário que possibilitasse a realização das
intervenções, uma vez que se tratam de escolas sob tutela do Ministério da
Educação e não faria sentido a autarquia realizar obras em edificações que não
lhe pertencem. Mas logo que, na sequência de um protocolo subscrito pela
presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, e o ministro Tiago Brandão
Rodrigues, o Programa
Operacional Centro 2020 passou a contemplar financiamento para a remoção das coberturas
de fibrocimento, o executivo camarário cantanhedense não perdeu tempo e avançou
com três candidaturas num valor total que ascende a mais de 150 mil euros.
“Esta é
uma excelente notícia para as comunidades
escolares, na medida em que passam a existir condições para que os edifícios
escolares a intervencionar venham a cumprir efetivamente a legislação em vigor
em matéria de segurança”, afirma a autarca, lamentando “a circunstância de mais de 1300 crianças do meu concelho, além de
professores e funcionários, ainda estarem expostas a ambientes considerados
nocivos para a saúde”.
A
autarca lembra que “há alguns anos a
Câmara Municipal promoveu a substituição das coberturas de fibrocimento na
Escola Básica Marquês de Marialva, em Cantanhede, e desde essa altura que
esperávamos que tivessem sido criadas condições para que avançássemos com
intervenções idênticas na Escola Secundária Lima de Faria, na Escola Básica
Carlos de Oliveira e na Escola Básica e Secundária João Garcia Bacelar”,
sublinhando que, “incompreensivelmente, o
problema se arrastou por demasiado tempo”. Segundo Helena Teodósio “o município tem investido muito na
qualificação da rede educativa que é da sua responsabilidade e alimentávamos a
expetativa de que o Ministério da Educação tivesse procedido de igual modo nos
estabelecimentos que lhe pertencem relativamente a esta questão da segurança, o
que de resto era o mínimo exigível. Pugnámos muito por isso e agora que há
condições para avançar com as obras, vamos resolver o problema o mais
rapidamente possível”, conclui.
Relativamente
às obras a realizar, numa primeira fase serão efetuadas as medições e análises
de controlo de fibras de amianto por laboratório credenciado, após o que será
feita a remoção das coberturas, recorrendo para o efeito à utilização de equipamentos
de proteção individual apropriados ao manuseio desse tipo de materiais, bem
como à mobilização de uma Unidade Móvel de Descontaminação. Uma vez que se
trata de material perigoso para a saúde pública, a sua total remoção será
efetuada nos termos da legislação em vigor, incluindo todos os trabalhos
necessários a um perfeito acabamento em conformidade com o previsto no mapa de
medições, peças desenhadas e caderno de encargos.
Os projetos
de requalificação preveem a substituição de 2276 m2
de cobertura por placas metálicas em painel "sanduíche", tipo ERFI, constituídas
por chapa perfilada de aço galvanizado termolacado. A nova cobertura será
aplicada sobre a estrutura existente, através de método de fixação compatível e
deverão ser colocados todos os acessórios necessários incluindo cumes e remate
de beirado.
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