quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

UM ANO ‘ASSIM-ASSIM’


Nem vai ficar tudo bem, nem vai ficar tudo mal. 2021 vai ser um ano assim-assim. É preciso e é justificado criar esperança. Há, pelo menos, duas boas razões para isso: as vacinas que prometem acabar com o temível vírus durante o ano que agora inicia; e a “bazuca” europeia, uma “pipa de massa”. Este cenário realista permite-nos ter confiança neste ano novo. A ‘tempestade’ de 2020 ensinou muito. No seu início vivíamos a incerteza total, num cenário muito pessimista. Foi um ano terrível e continua mal. Mortes, sobretudo, num número inesperado. A parte mais difícil de aceitar. Apesar desta tragédia, podemos concluir que temos forte capacidade de nos reinventarmos. Foi a primeira grande ‘guerra’ dos últimos 65 anos. A primeira em duas gerações! Não estávamos preparados. Mas soubemos travar essas batalhas.

A ciência é um exemplo dessa capacidade que a todos surpreendeu. Um autêntico milagre ao criar uma vacina em menos de um ano para um vírus tão terrível! Ficamos a saber que é possível. A comunidade científica fica mais confiante da possibilidade de vencer uma nova pandemia que no futuro nos bata à porta. Nós também.

2021 será o ano que marcará o domínio de uma terrível pandemia e o início de uma nova era, em vários aspetos da nossa vida. Muita coisa não será como dantes nesta década que agora se inicia. Algumas mudanças vieram para ficar. Algumas vão melhorar a nossa vida.

Mais uma vez, a sabedoria popular mostrará que ‘depois da tempestade vem a bonança’!


EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional

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