sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Proença-a-Nova | Obras transformam Praia Fluvial da Aldeia Ruiva


A intervenção realizada até ao momento na Praia Fluvial da Aldeia Ruiva já deixa antever como a requalificação que está em curso irá transformar aquela que foi a primeira praia fluvial a nascer na zona centro do país: a mudança mais notória prende-se com o edifício de apoio, onde funcionará o futuro Centro Interpretativo do Corredor Fluvial de Aldeia Ruiva, o bar e os sanitários públicos: a utilização da pedra de xisto, característica deste território, contribui para o enquadramento do mesmo no conjunto da praia. Toda a zona de solários, que será relvada, foi reordenada e irá receber o parque infantil. Ainda na margem esquerda da Ribeira da Isna, outra intervenção de peso está a decorrer no Parque de Campismo e Autocaravanismo, em que foi criado um parque para caravanas e autocaravanas completamente vedado, com capacidade para sete lugares, com possibilidade de pernoita e utilização comum das áreas de serviço do Parque. No interior foi construído acesso que permitirá a circulação de veículos automóveis apenas para carga e descarga de bagagens pelos utilizadores dos bungalows e tendas. O espaço interior delimitado por este arruamento fica disponível para as tendas. “Na estratégia de rejuvenescimento deste equipamento, potenciando a sua atratividade, iremos adquirir dois novos bungalows, num investimento complementar àquele que estamos a realizar na praia fluvial no seu conjunto”, explica João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, pois é objetivo da autarquia ir substituindo todas as casas de madeira nos próximos anos: “estas estruturas, que foram em tempo uma aposta assertiva, encontram-se na fase de serem substituídas”, refere.

Também fora do orçamentado, com obra a ser lançada em breve, está a requalificação da almofada de água do açude da praia fluvial tendo em conta que a mesma foi parcialmente destruída durante as chuvas deste inverno. No espelho de água foram realizadas intervenções nas margens e fundo da Ribeira, reparando pontos de fuga: o objetivo é minimizar a falta de água nos anos mais secos. A pensar neste cenário, que já obrigou à interdição de banhos, será construída uma piscina biológica na margem direita, enquadrada com solário e zona de estadia. “Esta é uma das principais novidades no nosso projeto de valorização da Praia Fluvial da Aldeia Ruiva e que, por um lado, permitirá o aproveitamento desta margem que até agora não estava a ser utilizada e, por outro, vamos fazê-lo com um módulo que permite alertar para a importância da preservação dos ecossistemas e do meio ambiente”, sinaliza João Lobo. A temática ambiental está ainda fortemente presente neste projeto, pois está prevista a marcação de uma rota pedestre entre as praias da Aldeia Ruiva e do Malhadal, seguindo a Ribeira da Isna, permitindo dar a conhecer a fauna e flora da galeria ripícola, para além do já referido Centro Interpretativo do Corredor Fluvial.

Apoiado pelo Turismo de Portugal no âmbito do projeto requalificar em 311.721,94 €, o investimento total da presente requalificação ultrapassa os 830.000,00 €, sem contar com outras intervenções que não estavam inicialmente previstas. Além das já referidas, destaque ainda para a construção de um campo para desportos de areia, como o futebol e vólei: a localização é apenas a pouco mais de 150 metros da praia, no antigo estacionamento de apoio. “Esta é uma obra importante que transformará a nossa Aldeia Ruiva, permitindo que continue a ser privilegiada como um dos pontos de visita obrigatória durante a época balnear, em linha com o investimento da autarquia naqueles que são pontos principais de atração do concelho no período estival e que temos feito de forma contínua nas praias fluviais do Malhadal e da Fróia, não deixando, como sempre, de apoiar as zonas balneares de Alvito da Beira e Cerejeira que são também parte integrante da oferta que nos orgulhamos de ter. Realizámos ações no corrente ano no Malhadal e no último trimestre na Fróia, como forma de dinamizar e sempre cativar os nossos residentes e quem nos visita”, conclui João Lobo.

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