Uma das coisas boas que temos enquanto povo é a tolerância. Raças, credos religiosos, opções de sexo e outros. Outra coisa boa que é referenciada por turistas, sobretudo, é a nossa simpatia, a segurança, o respeito que temos pelos que nos visitam.
Fomos e somos um país verdadeiramente universal, com cidadãos espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Desde há séculos. Talvez também por isso o nosso notado respeito por outros povos. Talvez também por isso somos um povo acolhedor.
Por tudo isto sinto vergonha do que se tem passado no aeroporto de Lisboa. Um grave caso veio a público. Desde aí que são revelados outros casos de abuso da polícia que controla a entrada de estrangeiros. Inclusivamente cidadãos oriundos de países que falam a nossa língua. De países onde existem respeitadas comunidades de portugueses.
O caso do ucraniano supostamente torturado e assassinado nas instalações do SEF no aeroporto Humberto Delgado envergonha-nos. E prejudica gravemente a nossa imagem internacional. Prejudica, inclusivamente, a nossa economia, pois o turismo é apontado como o nosso petróleo.
Mas, ainda mais grave é sabermos que elementos dessa polícia vão a casa de testemunhas ameaçar para não dizerem o que veem e sabem. Demasiado grave para ser verdade!
Grave também o sentimento de impunidade perante tais abusos. É preciso cortar este mal pela raiz. Merecemos recuperar a nossa (maltratada) imagem, em resultado dos tristes e inaceitáveis
abusos criminosos de funcionários do SEF no aeroporto de Lisboa.
EDUARDO COSTA, Jirnalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
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