A floresta que queremos é o mote para as ações de sensibilização que o Município, em parceria com as Juntas e Uniões de Freguesia do concelho, vai dinamizar nas primeiras duas semanas de maio e que envolve diversos temas relacionados com a floresta e a sua gestão, nomeadamente as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), a gestão das faixas de combustível, o Condomínio das Aldeias, o BUPi – Sistema de Informação Cadastral Simplificado e agricultura biológica. “A floresta que queremos ver no território será biodiversa e ambientalmente sustentável, com capacidade social de atrair e propiciar a fixação de pessoas, de criar valor económico e de ser gerida e valorizada por períodos de pelo menos 40 anos, com determinação política duradoura, sem estar refém dos ciclos eleitorais”, defende João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, justificando a necessidade de se realizarem ações como estas para alterar paradigmas.
A primeira destas ações realiza-se a 5 de maio no edifício da antiga Junta de Freguesia de Alvito da Beira e no dia seguinte no salão paroquial de Montes da Senhora. A 10 de maio o ponto de encontro é no edifício da Junta de Freguesia de Sobreira formosa, a 12 de maio no polo da biblioteca de São Pedro do Esteval e a 14 de maio na sede da associação do Peral. Todas estas ações estão marcadas para as 19h00. A última sessão realiza-se no edifício da Junta de Freguesia de Proença-a-Nova a 16 de maio, às 15h00. Tendo em conta os constrangimentos provocados pela pandemia, as inscrições são limitadas aos lugares disponíveis, devendo ser formalizadas nas respetivas juntas de freguesia ou através do número geral do Município (274 670 000).
Os temas a abordar nesta iniciativa incidem sobre programas e projetos em curso que têm como objetivo uma melhor gestão do ativo florestal do concelho. O Município tem feito um esforço na dinamização dos serviços do BUPi – Balcão Único do Prédio para incentivar ao cadastro das propriedades. Até ao momento, foram registados quase metade dos 395,4 quilómetros quadrados do concelho, faltando, no entanto, a outra metade para se poder começar a implementar a gestão integrada do território. Já em implementação encontram-se as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), tendo sido constituídas quatro AIGPs em áreas que foram consumidas pelos incêndios de 2020, nomeadamente em Corgas, Fórneas, Penafalcão e Alvito da Beira.
Outros apoios estão, no entanto, disponíveis para todas as povoações do concelho, nomeadamente os instituídos no Regulamento Municipal de Apoio à Reconversão de Áreas Florestais em Áreas Agrícolas nas Faixas de Gestão de Combustível em redor dos Aglomerados Populacionais, iniciativa que procura incentivar os proprietários de terrenos nestas faixas a unirem-se para proteger a sua aldeia. E a utilizar estas áreas para produção em modo biológico, que terá um conjunto de apoios à sua implementação que serão apresentados nas ações.
Até ao momento, a localidade de Mó já beneficiou da movimentação de terras e das árvores oferecidas pelo Município, tendo realizado as plantações em março de 2020. Também nas Fórneas as árvores selecionadas foram entregues durante o mês de março. Neste caso, o Município candidatou este projeto à iniciativa do Governo “Condomínio de Aldeia”. Outros aglomerados populacionais estão a mobilizar-se no sentido de aderirem ao projeto: em Vale de Água já foi realizado o levantamento em redor da aldeia.
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