Coletividades agradeceram o investimento e a aposta que a Câmara assume relativamente à Cultura do Concelho.
“Façam deste espaço o ‘Páteo’ das cantigas, da música e da cultura de Águeda”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, na inauguração do “Espaço da Casa do Adro”, um complexo onde estão instalados o Orfeão, o Cancioneiro, a Orquestra Típica e o Conservatório de Música de Águeda.
Na cerimónia, que decorreu no sábado, marcaram também presença Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, bem como os vereadores da Cultura, Elsa Corga, e das Obras Particulares, João Clemente, entre outras entidades.
Jorge Almeida salientou que aquelas associações culturais “são das mais emblemáticas do Concelho” e que agora têm “um espaço mesmo muito bonito”, que espera seja “vivo e vivido” por todos. Esta obra é, para o Edil, “um orgulho” que partilha com todos os que, de alguma forma, contribuíram para a sua concretização, desde os que deixaram o legado (casas e espaço envolvente), o arquiteto Daniel Oliveira (que é aguedense e “se dedicou a este projeto”) e os seus colaboradores, o empreiteiro e os técnicos municipais, sem esquecer as próprias instituições “que fizeram com que sentíssemos que esta obra era absolutamente importante e necessária”.
“Vocês são matéria de cultura, numa cidade que se tem vindo a afirmar, de há uns anos para cá, como uma cidade produtora de arte e cultura”, frisou Jorge Almeida, acreditando que as instituições vão aproveitar o espaço agora renovado para incrementar a sua atividade. “Não permitam que isso não aconteça; façam com que este seja um grande espaço de Cultura de Águeda”, desafiou, ao mesmo tempo que garantiu que para essa finalidade “o apoio da Câmara nunca vos faltará”.
O Presidente da Câmara recordou que esta obra, tal como muitas outras no Concelho, decorreu e foi concretizada em contexto pandémico. “Vamos no segundo ano de pandemia, que a todos nos causou dificuldades, mas conseguimos que o nosso concelho não parasse”, disse, afirmando-se um homem de sorte, porque “connosco as coisas não param de acontecer”.
Respondendo aos críticos que não veem o que está a ser feito e só reparam no que falta fazer no Concelho, Jorge Almeida declarou que “uma realidade absoluta é que haverá sempre muitas coisas para fazer”. Lembrou que a Autarquia tem estado a devolver um conjunto de espaços à cidade, que há muito não estavam a ser utilizados pela população, de que são exemplos agora a “Casa do Adro”, o Parque de Alta Vila, a zona da Várzea, mas também muitos espaços centrais nas freguesias, como o Largo da Senhora da Saúde, a zona central de Aguada de Cima e a de Macinhata do Vouga ou ainda o Parque da Boiça, em Valongo.
O Edil reforça que muitas destas obras foram concluídas em tempo de pandemia e que são resultado do esforço e dedicação de muitos, porque “ninguém sozinho faz nada de importante”.
Associações satisfeitas com espaços renovados
O presidente da União de Freguesias de Águeda e Borralha, Jorge Castanheira, sublinha que este novo espaço “vem enobrecer” todo o trabalho realizado pelos antepassados e fundadores de cada uma das instituições, que têm um palmarés antigo e que são património histórico de Águeda. “Parabéns à Câmara Municipal pelo trabalho que aqui fez, as instituições estão muito mais enriquecidas”, disse o autarca.
Rosa Irene Noronha, presidente do Grupo Típico “O Cancioneiro de Águeda”, destacou que “o folclore, o povo e a cultura acontecem em terreiros, em lugares simples”, mas que o espaço agora renovado “permite ter mais dignidade e qualidade”, facilitando o trabalho que realizam. “A Câmara Municipal conseguiu envidar esforços para que esta obra fosse hoje uma realidade”, disse ainda a responsável, reiterando a disponibilidade do Cancioneiro para realizar eventos conjuntos com as restantes associações, a que designou como a “família Casa do Adro”.
Também Sílvia Martins, presidente da direção do Orfeão de Águeda, para quem este “é um dos locais mais bonitos da cidade de Águeda”, o regresso ao “Adro” foi um momento feliz partilhado com os “vizinhos e amigos” e que ao olhar para o espaço sentem “uma energia renovada para fazer mais e melhor pela nossa cultura”.
O presidente da direção do Conservatório de Música de Águeda sublinhou que “é um orgulho e satisfação enorme” receber estes espaços renovados, uma obra que foi além das expetativas. Para Augusto Gonçalves, as coletividades têm agora a responsabilidade de cuidar “do espaço como ele merece”, não permitindo que seja prejudicada “a beleza e qualidade do que está aqui feito”.
Para a Orquestra Típica de Águeda este foi um bom presente de aniversário, já que a instituição está a celebrar 50 anos de existência. Ana Fernandes, presidente da direção, agradeceu as condições criadas, tanto para a realização de ensaios como para a preservação do espólio, e apelou ao Executivo para que “não se arrependa de apoiar a cultura popular”, que é um legado deixado às gerações futuras.
“Haveremos de ser aqui ainda muito felizes”, disse ainda Ana Fernandes, esperando pela realização de espetáculos conjuntos nesta “casa”, neste espaço que “foi tão bem conseguido”.
De recordar que a empreitada da requalificação dos edifícios da Orquestra Típica, Cancioneiro e Conservatório e do espaço exterior envolvente, adjudicada à empresa Nível 20 – Estudos, Projectos e Obras, Lda., comportou um investimento global de cerca de 1,17 milhões de euros, sendo mais de 991mil euros suportados por apoios europeus.
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