Humilhação, desumanização, violência, atrocidade. Entre 1933 e 1945, milhões de pessoas foram encerradas em campos de concentração e submetidas à barbárie nazi apenas pela sua condição física, mental, étnica, religiosa, social ou sexual não seguir os padrões definidos pela retórica de ódio de Adolf Hitler. Quase oito décadas depois da página mais negra da História contemporânea, Inês Figueiras recupera com rigor alguns dos chocantes e impensáveis relatos de superação e fuga no livro Campos de Concentração Nazis – Sobreviventes e Fugitivos. Um livro para preservar a memória dos sobreviventes do Holocausto, para que a história não se repita. Nas bancas e livrarias a partir do próximo dia 18 de Maio, com a chancela da Guerra e Paz Editores e o apoio do grupo Cofina.
A dimensão da abominação nazi, alimentada pelo discurso de ódio de Hitler, levou à criação de um distópico e complexo sistema de segregação, paralelo aos conflitos da Segunda Guerra Mundial, composto por campos de concentração, campos de prisioneiros de guerra, campos de trânsito, campos de trabalhos forçados, campos de extermínio, bordéis de prostituição forçada e centros de eutanásia, de interrupção forçada de gravidez e de «germanização» de crianças.
Com os espancamentos, a escravidão, a violação, a fome, a privação de sono, a tifo e de outras enfermidades, o destino era quase certo: o gaseamento e os fornos crematórios. Registam-se 11 milhões de mortos, vítimas do inferno na Terra. Mas, entre os horrores dos campos nazis, existiram também alguns milagres. Pessoas que sobreviveram ou conseguiram até fugir de campos de concentração e cujos relatos têm vindo a ajudar os historiadores a apurarem a dimensão da monstruosidade nazi. Algumas dessas histórias estão reunidas no livro Campos de Concentração Nazis – Sobreviventes e Fugitivos, em que Inês Figueiras se estreia como autora. Uma investigação rigorosa, que revela os impensáveis limites a que a resistência humana pode chegar.
«Estas pessoas sobreviveram por um conjunto de pequenos e grandes milagres, como o acesso a condições um pouco melhores do que a maioria, ajuda e compaixão de terceiros, força interior e determinação, instinto ou o simples acaso.», afirma a autora na nota introdutória.
São pessoas como nós, são judeus, católicos, ciganos, negros, homossexuais, pessoas nascidas na Polónia, na Áustria, na Alemanha, mas também em locais improváveis, como o Brasil ou mesmo Portugal. Pessoas que, não seguindo os critérios genocidas e segregadores dos nazis, se viram arrastadas para o horror. Estavam no sítio errado à hora errada. Entre estas histórias está Maria Barbosa, uma das várias centenas de portugueses escravizados, torturados e mortos naqueles campos. A maioria era emigrante em países como a França, a Espanha ou a Alemanha.
Inês Figueiras conta-nos ainda a história de uma paixão no epicentro do ódio, a história de um prisioneiro que escapou à morte a cantar ou do homem que fugiu no automóvel do comandante de Auschwitz. Relatos que personalizam e humanizam as vítimas, focando o sentido de sobrevivência e a capacidade do ser humano acalentar sempre a esperança, mesmo quando mergulhado no mais profundo negrume e desespero.
Campos de Concentração Nazis – Sobreviventes e Fugitivos chega à rede livreira nacional no próximo dia 18 de Maio. O 24.º título da colecção Livros CMTV, resultante da parceria entre a Guerra e Paz e o Grupo Cofina, estará ainda disponível no site oficial da editora.
Campos de Concentração Nazis – Sobreviventes e Fugitivos
Inês Figueiras
Não-Ficção / História
144 páginas · 15x23 · 12,00€
Nas livrarias a 18 de Maio
Guerra e Paz, Editores
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