O Conselho Geral do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) aprovou o Relatório de Atividades e Contas de 2020 sendo o mesmo homologado ontem pelo Conselho de Curadores do IPCA. O ano de 2020 ficou marcado pelo recorde do número de estudantes e pela superação de várias metas inicialmente traçadas.
“Tivemos um ano de 2021 excecional, desde logo pelo aumento do número total de estudantes, pelo aumento das atividades de investigação e pelo reforço da qualidade dos serviços prestados aos estudantes. Importa referir que o facto do IPCA ter sido capaz de superar os constrangimentos provocados pela pandemia, indo mesmo mais além daquilo que tinham sido os objetivos definidos em termos de atividades de ensino, de investigação e de cooperação com a sociedade”, referiu a presidente da instituição, Maria José Fernandes.
Em 2020 o IPCA atingiu os 5704 estudantes inscritos, distribuídos por cursos de Licenciatura (3055), Técnicos Superiores Profissionais (1387), Mestrado (1066), Pós-Graduação (147) e Unidades Curriculares Isoladas (49).
No ano letivo 2020/21, o IPCA registou o ingresso de 2381 novos estudantes, o que representou, também, um crescimento em todos os níveis de formação e um recorde na história desta instituição de ensino superior público, que assinalou em dezembro 26 anos de existência.
“Estamos particularmente satisfeitos com o facto de, mais uma vez, a taxa de colocação no concurso nacional de acesso aos cursos de Licenciatura ter-se aproximado dos 100 por cento, e nos Cursos Técnicos Superiores Profissionais ter atingido os 90 por cento. São números que colocam o IPCA no topo das escolhas, em termos de ensino superior politécnico, o que nos deixa muito felizes”, disse Maria José Fernandes.
A presidente do IPCA realça, por outro lado, “o aumento do número de diplomados em todos os níveis de formação”. De acordo com o Relatório hoje aprovado, “comparativamente com o ano de 2019, verificou-se um crescimento de 35 por cento no número de mestres, 20 por cento no número de técnicos superiores profissionais e 1,2 por cento no número de licenciados”.
Este crescimento encontrou correspondência, também, ao nível das infraestruturas, destacando-se a inauguração do novo Bar do Campus, em Barcelos, o arranque das obras de requalificação do Polo de Braga (sede da Escola Técnica Superior Profissional do IPCA) e a implementação de várias medidas e projetos com vista à proteção ambiental no Campus, nomeadamente em termos de mobilidade sustentável, eficiência energética e instalação de painéis fotovoltaicos para autoconsumo.
“Apostámos, igualmente, na modernização dos espaços de ensino e investigação do IPCA, com especial destaque para a aquisição de equipamentos de última geração, com salas de aula equipadas e adaptadas ao ensino presencial, a distância e híbrido, e com a aquisição de ferramentas e máquinas específicas para os cursos TESP”, destacou Maria José Fernandes.
Universidade Europeia e Investigação
Em 2020 destacou-se também a integração do IPCA na Universidade Europeia RUN-EU (Regional University Network). “A entrada nesta rede permitiu colocar o IPCA num patamar privilegiado e de maior responsabilização no âmbito da modernização e internacionalização do ensino superior”, sublinhou Maria José Fernandes.
“Paralelamente, o IPCA registou um aumento significativo da quantidade de projetos de investigação com financiamento externo e em co-promoção com empresas, bem como ao nível da investigação integrada em redes nacionais e internacionais”, acrescentou.
O ano 2020 marcou o arranque da execução de um plano estratégico até 2023, que tem como objetivo a atividade das três unidades de Investigação & Desenvolvimento (I&D) que obtiveram a classificação de “Muito Bom” pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT): o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF), o Laboratório de Inteligência Artificial Aplicada (2Ai) e o Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura (ID+, em colaboração com as universidades de Aveiro e do Porto).
Simultaneamente, o número de professores e investigadores com doutoramento integrados naquelas unidades alcançou, em 2020, uma percentagem de 66 por cento. “É nosso objetivo que, em 2021, este valor atinja os 70 por cento”, revelou, a propósito, Maria José Fernandes.
Autonomia financeira assegurada
Do ponto de vista financeiro, o Relatório de Contas de 2020 dá nota de um desempenho orçamental, financeiro e económico “bastante positivo”.
“Mantivemos um modelo de gestão financeira rigoroso e sustentável, tendo sido reforçada a autonomia financeira do IPCA, aumentado o plafond das transferências do Orçamento de Estado e melhorada a cobrança de receitas”, revelou Maria José Fernandes.
Em termos gerais, o balanço da posição financeira do IPCA em 2020 demonstra, comparativamente com 2019, um aumento do ativo e do património líquido, ambos na ordem dos 21 por cento. O passivo também cresceu 30 por cento.
De acordo com o Relatório, o peso do património líquido sobre o ativo total é de 78 por cento, o que indicia um rácio de autonomia financeira.
“O IPCA é hoje uma instituição consolidada, com notoriedade e reconhecida pela qualidade da sua formação, utilidade da produção científica e transferência do conhecimento para a sociedade, bem como pelo seu contributo para o desenvolvimento sustentável da sociedade”, sublinhou Maria José Fernandes, que conclui este ano o seu primeiro mandato como presidente da instituição.
“A visão estratégica que projetamos para 2021 concretizou-se, e os seus principais pressupostos foram alcançados. Durante estes quase quatro anos dedicámo-nos, trabalhámos e quisemos que as coisas acontecessem. E, como demonstra este relatório, efetivamente, aconteceram”, acrescentou.
Segundo a presidente do IPCA, “o balanço muito positivo que nos apresenta o Relatório de Atividades e Contas de 2020 é o resultado do trabalho e envolvimento de todos: professores, colaboradores, estudantes, conselheiros e curadores, municípios, ministério e governo”.
Ana Teixeira
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