Formação iniciou ontem e continua até ao próximo sábado, no Centro de Juventude de Águeda.
A Câmara Municipal, através do Centro de Juventude de Águeda (CJA), está a acolher um grupo de 36 técnicos de juventude de vários países europeus para uma ação de formação, apoiada e financiada pela Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Ação, que visa não só a partilha de boas práticas mas também a capacitação dos jovens com competências para a integração de migrantes e outras minorias, nomeadamente étnicas.
“Temos uma grande preocupação em trabalhar muitas áreas, desde a Educação, o Turismo, a Cultura e a Ação Social”, disse Elsa Corga, Vereadora da Juventude da Câmara de Águeda, numa cerimónia simbólica de receção a este grupo de técnicos, que decorreu ontem no Salão Nobre, sublinhando que a Juventude “é uma área muito importante” para a Autarquia, que criou, em parceria com a Psientífica, o CJA.
Realçando a dinâmica que tem sido implementada no Concelho, Elsa Corga frisou a satisfação por receber estes jovens técnicos. “Este curso é uma atividade que faz a Câmara Municipal muito feliz, pela sua relevância e pertinência no momento que atualmente atravessamos”, declarou, desejando que esta formação em Águeda lhes permita “crescer e aprender”.
De referir que, nesta área em concreto, o Município tem desenvolvido um conjunto medidas apontadas como bons exemplos, entre as quais o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (recentemente inaugurado) ou o projeto de mediadores interculturais desenvolvido com a comunidade cigana.
Designada “Youth In(tercultural)clusion”, esta formação pretende, assim, abordar a dificuldade de inclusão social enfrentada pelos migrantes, refugiados ou minorias étnicas, provocadas pelo preconceito e desinformação que existe perante estes grupos.
No final desta ação, pretende-se que os técnicos de juventude estejam “aptos a promover a transformação das realidades sociais mais vulneráveis” e desenvolvam “uma atuação mais efetiva junto das minorias étnicas, migrantes ou refugiados”, promovendo ainda “a difusão dos valores da diversidade, multiculturalidade e tolerância” bem como “o diálogo intercultural, a cooperação entre organizações europeias e a participação dos jovens com menos oportunidades na sociedade”.
É objetivo ainda “promover a inclusão social dos jovens migrantes, refugiados ou minorias étnicas, dotando os técnicos de competências e aprendizagens que permitam essa inclusão”.
Ao todo, estão envolvidas dez organizações e países, designadamente Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Polónia, Roménia, Eslovénia, Bulgária, Croácia e Macedónia do Norte.
Ana Moutas, coordenadora do CJA, frisou que esta formação está a ser prestada a jovens técnicos que trabalham, direta ou indiretamente, com a juventude, sendo que o objetivo é que “saiam mais capacitados no que é a integração social e intercultural das várias minorias, sejam migrantes ou étnicas”.
“O importante é que aprendam e levem para as suas comunidades boas práticas para que os migrantes ou outra comunidade se sintam verdadeiramente integrados”, disse a responsável.
Um dos jovens presentes em Águeda, Nicolas, da Grécia, disse que “o projeto é muito interessante e muito benéfico para os jovens” e que Águeda “parece ser uma cidade bonita, sossegada e moderna. Pelo que vi tem sítios bonitos para visitar e toda a paisagem é interessante”.
Também Ainhoa, de 22 anos, de Espanha, salientou a beleza da cidade, considerando “a paisagem, a natureza e os edifícios muito bonitos”, e apontou a importância da formação que vai ter nesta semana. “Em primeiro lugar, gosto de viajar e de conhecer pessoas de diferentes culturas, para além de que estou a estudar Educação para ser docente. Neste caso em concreto, para trabalhar com migrantes, penso que será muito interessante ver o que podemos aqui aprender”, declarou.
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