O tribunal de Gijón decretou ontem a medida de coação de prisão preventiva para dois dos quatro portugueses suspeitos da violação de duas mulheres em Espanha. Os outros dois homens ficam a aguardar julgamento em liberdade.
A justiça espanhola emitiu duas ordens de "prisão provisória" para dois dos quatro detidos portugueses pela alegada agressão sexual em Gijón (norte de Espanha), deliberando ainda libertar cautelarmente os outros dois homens.
Fonte do Tribunal Superior de Justiça das Astúrias disse à agência Lusa que o juiz acaba de emitir duas ordens de "prisão provisória, comunicadas e sem fiança para dois dos detidos" que foram levados hoje (ontem) à justiça para interrogatório.
Para os outros dois detidos, "foi emitida uma ordem de libertação provisória" com uma medida cautelar que restringe e proíbe qualquer comunicação com as duas mulheres que apresentaram queixa.
Segundo a mesma fonte, o processo foi aberto por alegadas “agressões e abusos sexuais”, sem prejuízo da possibilidade de estas acusações “poderem ser alteradas durante o decurso da investigação”.
Os dois portugueses que ficaram em “prisão provisória” e que estão a ser investigados como autores principais da alegada agressão sexual vão ser transferidos ainda hoje (ontem) para o Centro Penitenciário das Astúrias.
O tribunal de instrução número cinco de Gijón acabou por concordar com a solicitação do Ministério Público que esta tarde tinha pedido a prisão de dois dos detidos e a libertação dos outros dois.
A prisão provisória foi solicitada devido à natureza e gravidade dos crimes que lhes são atribuídos: uma agressão sexual com penetração. E, considerando que existe o risco de fuga, o procurador pediu a prisão para os dois presumíveis autores materiais dos atos violentos.
Os quatro portugueses foram detidos formalmente após o tribunal de instrução criminal de Gijón ter deliberado no domingo prolongar a detenção enquanto se aguardava a disponibilização de toda a documentação relativa ao caso de abuso sexual, nomeadamente relatórios clínicos e indicação das lesões sofridas.
Os portugueses, todos com menos de 30 anos de idade, defenderam a sua inocência no domingo perante o magistrado, negaram os atos criminosos de que são acusados e asseguraram que as relações sexuais com as duas jovens mulheres foram consentidas.
As duas mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, denunciaram a agressão sexual na esquadra policial às 06:30 de sábado, explicando que tinham conhecido um homem num bar e que viajaram com ele para a pensão onde este estava hospedado, para um encontro sexual.
Segundo o relato das vítimas, no caminho para a pensão juntou-se um outro homem e, ao chegarem à sala, encontraram dois outros portugueses que as obrigaram a manter relações sexuais com todos eles.
Lusa
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