segunda-feira, 9 de agosto de 2021

PJ deteve cidadão estrangeiro que se fez passar por corretor de seguros para criar esquema em pirâmide

O homem, de 48 anos, foi detido através da Operação "Dolce Vita" e é suspeito de vários crimes de Burla qualificada, Falsificação de documentos, Branqueamento e Prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização ou de resseguros. Ao todo, pode ter conseguido obter três milhões de euros com estas práticas.

Em comunicado enviado às redações, a Polícia Judiciária informa que localizou e deteve no final da semana passada "um homem estrangeiro, de 48 anos de idade, suspeito de vários crimes de Burla qualificada, Falsificação de documentos, Branqueamento e Prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização ou de resseguros".

A detenção, ocorrida no âmbito da operação "Dolce Vita", foi realizada no âmbito de inquérito dirigido pelo DIAP Regional de Évora.

Segundo a PJ, o método do suspeito passou por convencer "inúmeras vítimas de que era supervisor de uma empresa corretora de seguros espanhola e que se encontrava autorizado a comercializar, em Portugal, produto financeiro da companhia que representava, de elevada rentabilidade e de capital garantido". Para garantir o logro sobre as vítimas, o homem chegou a criar uma empresa "com instalações, colaboradores e veículos, visando simular uma verdadeira atividade comercial e garantir a permanente entrada de fundos".

No entanto, as autoridades crêem que, na realidade, este suposto negócio era um “esquema em pirâmide” ou “ponzi”, no qual "os valores dos primeiros investidores são reembolsados através dos valores entregues pelos seguintes e assim sucessivamente, até que o sistema deixe de ser alimentado e, inevitavelmente, sejam perdidos todos os valores não reembolsados, até então".

Através deste esquema, o homem terá conseguido obter três milhões de euros desde 2018 e, aproximando-se da fase decisiva do plano, preparava-se para sair do país.

Informa a PJ que "o detido foi presente à autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal de Évora para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação, tendo-lhe sido aplicada a prisão preventiva".

Lusa

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