O IPO do Porto assinala no sábado o Dia Mundial do Dador de Medula Óssea com um evento que visa desmistificar receios e ideias erróneas e colocar Portugal e os seus dadores no mapa global.
De acordo com dados disponibilizados esta sexta-feira à Lusa, no IPO do Porto, em 2020, 67 doações foram exportadas para 14 países diferentes, acrescem ainda 29 colheitas a dadores familiares e 106 colheitas autólogas exclusivamente para transplante de doentes do instituto.
O evento a realizar no Dia Mundial do Dador de Medula óssea, que se assinala no sábado, conta com a presença de especialistas na área e testemunhos reais de dadores de medula óssea de todo o país, que relatam a sua experiência de dádiva.
Nesta edição, haverá ainda um painel dedicado ao tema das terapias celulares inovadoras, as células CAR T, terapêutica que o IPO do Porto iniciou de forma pioneira em Portugal em 2019.
O evento acontecerá em formato híbrido, com transmissão no canal de YouTube em www.youtube.com/c/IPOPorto74.
Este evento será pela primeira vez integrado nas celebrações do World Marrow Donor Day (WMDD), uma iniciativa da World Marrow Donor Association (WMDA) - associação internacional sediada na Holanda, que reúne os registos de dadores de todo o mundo -, dando assim reconhecimento internacional aos dadores portugueses de células e medula óssea.
"Este é um dia para consciencializar as entidades responsáveis e a comunidade, em especial os grupos étnicos, sobre a importância da inscrição como dador voluntário de medula óssea e do impacto que o transplante tem no tratamento dos doentes, ajudando a salvar vidas", refere Susana Roncon, diretora da Terapia Celular do IPO do Porto.
Em comunicado, a médica alerta para a necessidade de informar a população em geral, sobretudo os mais novos, acerca dos processos inerentes à dádiva de medula, esclarecendo dúvidas e prevenindo eventuais escusas.
O Serviço de Terapia Celular realiza colheita de células e medula óssea a dadores voluntários inscritos no CEDACE (Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão).
Estes produtos celulares são enviados para centros de transplante nacionais e internacionais para tratarem doentes com patologia oncológica e não oncológica.
O Serviço iniciou a atividade de exportação no ano 2000, tendo já enviado mais de 700 produtos para 36 países diferentes nos continentes da Europa, América, Ásia e Oceânia.
Em paralelo com esta atividade, recebe dadores familiares e ainda doentes que realizam colheita de células para si próprios (as chamadas colheitas autólogas), sendo o único serviço do Norte e Centro de Portugal a realizar este procedimento a crianças e adolescentes.
Neste momento, o CEDACE conta com mais de 400 mil dadores, mantendo o terceiro lugar dos países com mais dadores inscritos por milhão de habitantes.
Lusa
Nenhum comentário:
Postar um comentário