O Rally de Portugal Histórico está de regresso, após um ano de paragem forçada devido às contingências pandémicas. Evocando as origens e a mística das primeiras edições do Rally de Portugal, assume-se como uma das mais marcantes provas de Regularidade Histórica disputadas na Europa. A partida está marcada para a próxima terça-feira, nos jardins do Casino do Estoril, com as 63 equipas inscritas (mais de 80% estrangeiras) a terem pela frente 1.862 quilómetros de percurso pelo centro e norte do país, com destaque para o reviver da noite de Sintra, no dia 8 de outubro (sexta-feira).
Muitas das máquinas que escreveram algumas das melhores páginas do Rally de Portugal do passado prometem voltar a aquecer os corações dos muitos entusiastas que se esperam acompanhem o Rally de Portugal Histórico. Modelos como os emblemáticos Porsche 911, Jaguar E-Type, Lancia Fulvia, BMW 2002, Mercedes SLC, Ford Escort, Renault 11 ou 5 GT Turbo, entre tantos outros, prometem proporcionar verdadeiras viagens no tempo a quem os conduz, mas também a quem assiste à sua passagem. Entre o mais antigo Volvo PV 544 de 1957 e o mais recente Porsche 924 S, de 1986, vagueiam 29 anos de história e, certamente, muitas emoções.
As 63 equipas inscritas, das quais mais de 80 % estrangeiras, dão ao Rally de Portugal Histórico uma projeção marcadamente internacional, com concorrentes de nove diferentes nacionalidades (Portugal, Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Letónia, Lituânia, Rússia e Suíça), onde o contingente francês, composto por 33 formações, sobressai.
Com partida terça-feira (dia 5 de outubro), às 14h00, nos jardins do Casino do Estoril e chegada no mesmo local, na noite de 6ª feira (8 de outubro) para sábado (9 de outubro) às 02h00, os concorrentes cumprirão por interlúdio, quatro exigentes etapas: 1ª Etapa – Estoril/Figueira da Foz (229,12 km); 2ª Etapa – Figueira da Foz/Viseu (318,74 km); 3ª Etapa – Viseu/Viseu (233,66 km) e 4ª Etapa – Viseu/Estoril (502,66 km). Ou seja, um percurso total de 1.862,64 km, dos quais 578,461 km serão disputados ao longo de 43 provas de classificação, o que equivale a dizer que 31,06 % do percurso total será disputado com o cronómetro ligado, sob a chancela organizativa do Automóvel Club de Portugal.
Um rali que fará jus à sua reputação de seletivo e duro, ou não tivesse passagem marcada por Arganil, Montalto, Aguieira e muitas outras emblemáticas zonas, onde a história do Rally de Portugal deixou a sua marca. Nesse contexto, ainda que não integre o programa oficial da prova, merece igualmente destaque o reviver do slalom no Circuito do Estoril. Uma espécie de festa de encerramento marcada para sábado (dia 9 de outubro), no âmbito do evento Estoril Classics, onde podem participar equipas que não tenham estado à partida do Rally de Portugal Histórico.
Como habitualmente, o percurso é secreto e seletivo, o que aumentará a dificuldade das equipas, postas à prova em competição de Provas de Regularidade Absoluta (PRA) e Provas Regularidade por Sectores (PRS), em estrada aberta ou kartódromos.
E com mais de seis dezenas de equipas presentes, não faltam favoritos à vitória absoluta. Yves Deflandre (vencedor em 2016 e 2017) e Philippe Fuchey (vencedor em 2019) são apenas dois dos mais sérios candidatos ao triunfo, até porque fazem parte da “armada” Porsche 911 (em larga maioria), modelo que tem uma história de sucesso associada ao Rally de Portugal Histórico, onde venceu nove das 14 edições já disputadas.”
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