“ARBÓREA” é o título da exposição de fotografia da autoria de Rute Violante, que foi inaugurada na tarde de sábado, 30 de outubro, no Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande.
A vereadora da cultura, Ana Alves Monteiro, inaugurou a exposição congratulando-se com o trabalho de Rute Violante e com a presença dos convidados e artistas que assistiram à abertura da mostra. Ana Alves Monteiro destacou a simbiose entre fotografia, dança e natureza, patente nos trabalhos expostos e felicitou a artista pela grande sensibilidade e pela dinâmica coletiva artística que incorporou nas obras.
Rute Violante confessou ter-se sentido inspirada pelo Pinhal do Rei, sobretudo pelos pinheiros serpente existentes entre São Pedro de Moel e as Pedras Negras, aos quais associou a dança, convidando a bailarina Inesa Markava a incorporar a paisagem fotografada. Nas imagens analógicas e digitais expostas, Rute Violante demonstra a sua preocupação com a natureza e associa diferentes formas de arte, por acreditar que esta fusão artística é o melhor caminho para a afirmação da arte junto do público.
O escritor Paulo Kellerman foi convidado por Rute Violante para redigir a sinopse da exposição, onde se destaca que, “como tantas vezes acontece no seu trabalho fotográfico, existe uma busca artística, espiritual e filosófica que transparece de forma subtil nas fotografias apresentadas. Cada foto é um convite a parar, a sentir e a simplesmente estar. Cada foto contraria a voracidade dos relógios a que todos nos submetemos, desafiando-nos a que sintamos o tempo, em vez de o perseguir, em vez de o tentar segurar”.
“O trabalho da Rute mergulha nas contradições aparentes e nas conexões invisíveis para oferecer uma perspectiva do mundo tão serena e bela quanto introspectiva e questionadora. Propondo uma criação artística que comunica simultaneamente com a razão e com a emoção, com a alma e com o corpo, ARBÓREA oferece uma possibilidade de mudança e formula um convite ao movimento”, acrescenta-se.
Rute Violante nasceu em Leiria, a 11 de Novembro de 1977. O despertador das artes só tocou depois dos 19 anos, tendo começado a fotografar com essa idade com uma câmara analógica que o seu pai lhe ofereceu.
Estudou ciências da comunicação e ciências políticas mas foi no mestrado em fotografia aplicada que encontrou o seu caminho. Atualmente é fotógrafa, formadora de fotografia, terapeuta e ativista ambiental através do seu projeto Magnificent trees inteiramente dedicado à magnificência das árvores.
Participou em cerca de duas dezenas de exposições individuais e coletivas em Portugal e ainda numa exposição coletiva em Rheine, na Alemanha. A dança contemporânea, as árvores e o corpo humano são forças motrizes para si na fotografia.
A exposição fica patente de 30 de outubro a 31 de dezembro de 2021, de quarta-feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (últimas entradas 12h30 e 17h30).
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