A Escola da Noite acolhe na próxima terça-feira, 19 de Outubro, a apresentação do livro “Manifesto A Crioulização”. Com a presença do autor e as intervenções de João Maria André e Catarina Martins, a especialíssima sessão inclui ainda um concerto com "Os Kriols" e a participação especial do Coro Coimbra Vocal.
Os bilhetes já estão à venda.
O músico, compositor e escritor cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa regressa na próxima semana a Coimbra para apresentar no Teatro da Cerca de São Bernardo o seu mais recente livro, “Manifesto A Crioulização”, editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra.
Nesta sua 13.ª obra literária, o artista reflecte sobre as línguas e as culturas crioulas e sobre o conceito de “crioulização” enquanto “processo de afirmação e de identidade do indivíduo e do grupo”. No prefácio que escreveu para este livro, o músico e ex-Ministro da Cultura do Brasil Gilberto Gil salienta a importância do Manifesto: “Mário Lúcio Sousa, intelectual, músico, poeta, escritor, ativista político e animador cultural, perfila-se entre os que buscam uma contribuição atualizada às reflexões sobre a cultura pós-colonial atenta à sua vocação e missão históricas de avançar para além da emancipação política obtida a tanto custo.”
A apresentação em Coimbra, que inclui um concerto com a banda “Os Kriols” e conta com a participação especial do Coro Coimbra Vocal, ficará a cargo dos professores da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Catarina Martins e João Maria André. Entre os aspectos que mais valoriza nesta obra de Mário Lúcio Sousa, João André salienta o reconhecimento do “papel que a memória das vítimas nos cruzamentos de culturas tem para a criação de novas identidades”.
A apresentação no TCSB terá lugar a 19 de Outubro, pelas 19h00. Os bilhetes custam entre 6 e 10 Euros e podem ser adquiridos na ticketline ou reservados pelos contactos habituais do Teatro.
Mário Lúcio Sousa
Mário Lúcio Sousa (Lúcio Matias de Sousa Mendes) nasceu no Tarrafal, ilha de Santiago, Cabo Verde, em 1964. Licenciado em Direito pela Universidade de Havana, foi deputado ao Parlamento Cabo-Verdiano e embaixador cultural do seu país antes de se tornar Ministro da Cultura, cargo que desempenhou de 2011 a 2016. Condecorado com a Ordem do Vulcão, ao lado de Cesária Évora, foi o artista mais jovem de sempre a receber tal distinção no seu país. É autor das seguintes obras: Nascimento de Um Mundo (poesia, 1990); Sob os Signos da Luz (poesia, 1992); Para Nunca Mais Falarmos de Amor (poesia, 1999); Os Trinta Dias do Homem mais Pobre do Mundo (ficção, 2000), prémio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa; Vidas Paralelas (ficção, 2003); Saloon (teatro, 2004); Teatro (coletânea, 2008); O Novíssimo Testamento (romance, D. Quixote 2010), Prémio Literário Carlos de Oliveira; Biografia do Língua (D. Quixote, romance, 2015), Prémio PEN Clube Português de Narrativa e Prémio Literário Miguel Torga; O Diabo foi meu Padeiro (D. Quixote, 2019).
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