O Estatuto dos Profissionais da Cultura foi apresentado esta semana aos representantes dos trabalhadores, depois de a versão final do documento ter sido aprovada, no dia 21 de outubro, em Conselho de Ministros.
Segue-se um conjunto de perguntas e respostas a partir do documento que foi apresentado esta semana pela ministra da Cultura às entidades representativas do setor, e ao qual a agência Lusa teve acesso.
O que é o Estatuto dos Profissionais da Cultura?
É o documento que define o enquadramento legal de várias profissões do setor da Cultura, Artes e Espetáculos, e está dividido em três eixos: registo dos trabalhadores; contratos de trabalho; regime contributivo e apoios sociais.
Há quanto tempo é reivindicado?
Há pelo menos 20 anos que trabalhadores e estruturas têm apelado à criação de um estatuto, de um enquadramento legal específico para a Cultura, que tenha em conta a especificidade laboral e lhes permita aceder a medidas de proteção social.
A criação de um estatuto tem sido sucessivamente incluída nos programas políticos dos diferentes Governos, tanto PS, como PSD/CDS-PP.
Durante o primeiro governo de José Sócrates foi aprovada a lei 4/2008, que define o regime dos contratos de trabalho dos profissionais de espetáculo, mas ficaram por determinar enquadramentos específicos, nomeadamente sobre segurança social.
Qual é a importância de haver um estatuto?
Nas Grandes Opções do Plano para 2021, o Governo indicava que o estatuto “é uma peça decisiva para o futuro do setor cultural e criativo em Portugal”, cujas fragilidades foram agudizadas em 2020 por causa da pandemia da covid-19, com a paralisação de grande parte da atividade cultural durante vários meses.
Para as estruturas representativas do setor, só um enquadramento legal, articulando aqueles três eixos, é que pode proteger efetivamente o profissional da Cultura e retirá-lo da precariedade.
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