O Governo vai reforçar financeiramente os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com 84 milhões de euros, anunciou o gabinete da ministra da Saúde, para que os hospitais comecem o novo ano “com uma situação financeira mais robusta”.
Em comunicado, o gabinete de Marta Temido adianta que o reforço de 84 milhões de euros servirá para “aumentar a capacidade de resposta e de produção do SNS e reduzir a dívida”.
“Este [reforço] junta-se aos anteriores reforços para regularização de pagamentos, realizados em agosto e no início de dezembro, fazendo de 2021 o ano em que houve um maior reforço para pagamento de dívida: 1.064 milhões, cerca do dobro do reforço do ano passado, que foi de 560 milhões de euros”, lê-se no comunicado.
Em finais de dezembro, o Governo entregou 630 milhões de euros aos hospitais E.P.E. (Entidades Públicas Empresariais) para liquidarem, pelo menos, 80% dos pagamentos em atraso a fornecedores externos, e justificou a decisão com o impacto significativo da pandemia de covid-19 na atividade hospitalar.
Este pagamento surgiu depois de no início do mês de dezembro o Governo ter anunciado um reforço de 745 milhões de euros no SNS, dos quais 630 milhões para os hospitais e 115 milhões para as administrações regionais de saúde.
No comunicado do Ministério da Saúde, o Governo acrescenta que com o reforço de 84 milhões de euros os hospitais do SNS vão poder “iniciar um novo ano com uma situação financeira mais robusta, melhor preparados para dar respostas de Saúde aos cidadãos”.
Por outro lado, o gabinete da ministra da Saúde destaca que ainda em 2021 houve aumentos de capital para apoiar investimentos dos hospitais e administrações regionais de saúde, no montante global de mais de 150 milhões de euros, justificando que se trata de um “investimento adicional” para preparar as entidades de saúde e “apoiar um ano de grande recuperação de atividade assistencial”.
“Até novembro, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde tinham realizado o maior número de consultas e cirurgias de sempre: mais de 11,5 milhões de consultas médicas (+12% do que no período homólogo de 2020) e mais de 654 mil intervenções cirúrgicas (+23,5% do que homólogo do ano passado)”, refere o comunicado.
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