Boa noite,
Caros concidadãos e
visitantes do concelho da Marinha Grande.
É com grande honra
e alegria que hoje estamos aqui, presencialmente reunidos, para
celebrar os 48 anos da conquista da liberdade em Portugal.
Agora que aprendemos
a viver com a pandemia, podemos relembrar todos os que lutaram para
que os nossos filhos e netos nunca esqueçam a luta dos seus
antepassados.
A todos os
portugueses que com engenho e arte, ambição e aventura, souberam
fazer de Portugal um país respeitado, uma saudação especial.
Às Mulheres e
Homens das nossas três freguesias, de todos os lugares, que vivem e
trabalham no nosso concelho, vergo-me perante o que conseguiram, seja
na vida social, económica e política. Souberam dar de si em prol da
comunidade, seja nas vossas empresas, nas coletividades, nas vossas
casas, passaram a mensagem de trabalho e lazer, mas também de
esperança, relembrando sempre o legado que nos foi deixado por todos
os que fizeram esta terra e, hoje especialmente, pelos que fizeram o
25 de abril de 74.
Desde um tempo em
que éramos apenas floresta e, em especial, numa época de gloriosa
expansão industrial, na segunda metade do Século XVIII com o
nascimento da indústria, tivemos sempre mulheres e homens com
elevado estatuto moral e ético.
Com o espírito
empreendedor e lutador soubemos procurar os nossos direitos e
conquistar um lugar na história deste país.
O dia que celebramos
hoje é o exemplo da abnegação dum povo, do qual a Marinha Grande
se orgulha.
Saudemos, pois,
todos os portugueses e os marinhenses em especial os que em 25 de
abril de 1974 nos trouxeram a liberdade, nos restituíram a esperança
numa vida digna e prospera.
Com a ambição dum
tempo e vida melhor, abriram as portas das cadeias, trouxeram de
volta os nossos soldados, iluminaram as nossas almas, mostraram-nos
uma nova realidade, criaram condições para que hoje possamos estar
aqui, em liberdade, fraternidade e igualdade.
Em uníssono
agradecemos a todos esses heróis, que com o seu querer e vontade
aliado a força imensa de trabalho, nos ensinaram a viver em
partilha, demonstrando que unidos somos muito mais capazes.
Hoje, aqui mesmo
celebramos a Memória de todas essas mulheres e de todos esses homens
que lutaram, que deram o seu suor e sangue pela Liberdade que hoje é
de todos nós.
Mas, hoje, é também
dia de celebrar tudo quanto construímos nestes 48 anos, sabendo o
que custou alcançar, conscientes do muito que ainda há por fazer.
Vivemos tempos de
mudança.
Queremos uma terra
próspera, onde se viva com maior qualidade de vida e as pessoas se
sintam mais felizes.
Cumprimos os nossos
deveres, conscientes dos nossos direitos, sejam a educação, a
saúde, a cultura e todos os que contribuem para territórios de
maior igualdade e justiça social.
Continuemos a ser
solidários e leais aos nossos ideias, conscientes de uma grande
missão na vida, aquela que cada um de nós cumpre. Mesmo neste tempo
difícil de pandemia e guerra, tenhamos a capacidade de ser
resilientes e ambiciosos para concretizar os sonhos com que nos
comprometemos.
Este é o primeiro
ano em que, enquanto Presidente da Câmara, assinalo as comemorações
do 25 de Abril Nas últimas eleições autárquicas, pela primeira
vez na história da democracia, a Marinha Grande elegeu um grupo de
cidadãos eleitores para a sua governação.
Mas não estamos a
governar sozinhos. Estamos e trabalhar em conjunto com os vereadores
do partido Socialista que aceitaram os pelouros que lhes propusemos e
tudo estamos a fazer para que, pelo menos as decisões estratégicas
e estruturantes, sejam resultantes de compromissos com todos os
vereadores.
E o compromisso é
grande.
Na concretização
desse desejo, com toda a equipa do executivo, da assembleia
municipal, juntas de freguesia e trabalhadores desta Câmara,
depositamos na força do nosso trabalho e no pensamento coletivo os
pilares do cumprimento desta causa pública.
Apostamos num
trabalho coletivo em prol de todos vós. Iniciámos o caminho há
pouco tempo. Queremos que o concelho seja conhecido por um local onde
é bom viver e trabalhar, atraindo mais residentes, investidores e
turistas.
Queremos construir
respostas próximas dos cidadãos. Na transferência de competências
do Estado para o Município, no passado 1 de abril, recebemos mais de
200 trabalhadores provenientes das áreas da educação, saúde e
ação social, e muito trabalho pela frente com os respetivos
parceiros.
Queremos uma nova
governação, uma administração moderna e eficaz. Realizámos uma
reorganização interna dos serviços municipais, apostando na
valorização dos trabalhadores e agilizando procedimentos. Estamos a
construir uma instituição amiga dos cidadãos e das empresas. Um
trabalho árduo que construímos nos primeiros 5 meses.
Em 2022, temos um
trabalho exigente ao nível do planeamento e organização, para
delinear estratégias e construir projetos. Estamos a apostar no
ordenamento do território, no desenvolvimento económico e
turístico, em infraestruturas, na ação cultural e desportiva, no
apoio às crianças e jovens, em mais respostas sociais e educativas,
na melhoria dos cuidados de saúde. Estamos a trabalhar as questões
ambientais e da sustentabilidade alinhando-nos com as preocupações
que assolam o planeta.
Lembro que temos
apenas 6 meses de trabalho e que o programa que planeámos tem um
horizonte de 4 anos.
Ao contrário do que
todos desejaríamos as mudanças não acontecem de um dia para o
outro. Temos a consciência que o sentimento dos munícipes sobre os
resultados do que já preparámos ainda é pouco, muitas vezes
parecendo que está tudo igual. Mas já não está e, como disse, é
um mandato de 4 anos e será nesse período que iremos desenvolver
todo o plano que temos para o nosso concelho.
A nossa prioridade
foi dar continuidade ao que estava planeado, resolver os problemas
prementes e urgentes.
Um processo de
mudança deve ser gradual. Para ser bem-sucedido não pode esquecer o
passado e muito menos ser baseado na política de terra queimada.
As decisões têm
sido estudadas, ponderadas e enquadradas nos objetivos a que nos
propusemos.
Na atual conjuntura
mundial, nunca foi tão significativo falar de um valor tão nobre e
essencial à democracia, como a liberdade.
A Marinha Grande,
como tantos outros concelhos, continua a acolher cidadãos
imigrantes, que chegam em condições cada vez mais precárias. Em
conjunto com as diversas instituições e grupos anónimos, estamos a
prestar apoio humanitário e a assegurar o devido encaminhamento dos
refugiados, do conflito na Ucrânia, que chegam ao nosso concelho,
assumindo o compromisso coletivo de solidariedade e luta pela paz.
Neste processo de
acolhimento, a população da Marinha Grande e os cidadãos
ucranianos, que já tinham adotado a nossa terra como sendo sua
também, têm dado provas altruístas de enorme solidariedade.
Deixo-lhes, por isso, o nosso sentido reconhecimento e profunda
gratidão.
2022 é um ano
exigente e desafiante. Mas, também é um ano de esperança, de
reforçar laços, e de, com orgulho, potenciar a nossa história e o
futuro que estamos a construir.
A Organização das
Nações Unidas declarou 2022 como o Ano Internacional do Vidro. A
propósito, não faltarão motivos para promovermos a Marinha Grande,
com diversos eventos culturais e turísticos que pretendem afirmar a
nossa história, o cluster industrial e económico do vidro, moldes e
plásticos e, sobretudo, o nosso futuro.
A construção da
democracia conquistada pela Revolução do 25 de Abril e o
desenvolvimento dos territórios, faz-se com a comunidade.
Agradecemos a cada
um de vós, o esforço coletivo na dinamização da nossa terra.
TODOS, somos empreendedores de uma Marinha GRANDE, que queremos que
seja cada vez MAIOR e MELHOR, onde as pessoas se sintam felizes.
Todos são chamados a esta missão.
O nosso muito
obrigado!
Viva o 25 de Abril!
Viva a Marinha Grande! Viva Portugal!
Aurélio Ferreira
Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande
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