Liliana Ferreira tem 41 anos e nasceu em Coimbra, tendo vivido toda a sua vida em Granja de Ançã. E é a antiga escola básica daquela localidade, que frequentou em criança e foi entretanto transformada no Centro Comunitário da Granja e Gândara, que vai receber uma exposição em nome individual desta artista, reunindo uma dezena de obras produzidas no âmbito das sessões de artes plásticas da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC).
A inauguração vai ter lugar no dia 15 de julho, pelas 19H00. Os trabalhos em exibição dizem respeito a um projeto artístico, na área da arte digital, que Liliana Ferreira tem vindo a desenvolver na última década. Através do desenho e da pintura – para os quais usa a boca, recorrendo a ferramentas de software – revela um universo muito particular, um mundo fantástico só parcialmente inspirado na realidade.
Esta exposição ficará patente até ao dia 25 de julho e será a primeira em nome próprio da artista, que já integrou as exposições coletivas da APCC realizadas no âmbito do projeto “Cru – O Corpo (im)Perfeito” (Porto e Lisboa, 2019/2020) e do Bazar d’Sala (Coimbra, 2022). A iniciativa é organizada com o apoio da Junta de Freguesia de Ançã.
Trata-se também do arranque de um conjunto de exposições que a APCC está a planear apresentar nas comunidades de residência dos utentes do Departamento de Artes Plásticas, de forma a sublinhar o seu papel ativo e participativo, com base na sua identidade pessoal e artística. Assim se reforçará igualmente a importância da área artística na instituição, enquanto promotora da inclusão social.
A artista Liliana Ferreira está presente no Instagram, na sua página pessoal (www.instagram.com/borbolet_arts) e na página do Departamento de Artes Plásticas da APCC (www.instagram.com/ artesplasticas_apcc). Nesta última, é ainda possível ver obras de outros utentes da Associação e proceder à respetiva reserva, que também pode ser feita enviando uma mensagem para suzete.azevedo@apc-coimbra.pt.
O Departamento de Artes Plásticas da APCC opera no pressuposto de que as condições orgânicas realmente geram incapacidades, mas não são essas que determinam o nível de funcionamento do indivíduo. Desta forma, utiliza a arte com o grande propósito da expressão, de comunicação de ideias, do desenvolvimento de competências e autoconhecimento e na elevada responsabilidade da edificação de ideias político-sociais.
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