sexta-feira, 1 de julho de 2022

“Primeiro-ministro é responsável pelas escolhas”: Presidente reage à polémica sobre novo aeroporto

Marcelo Rebelo de Sousa pede uma decisão “rápida, consensual e consistente”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, salienta que o primeiro-ministro é responsável pelas escolhas que faz e pede uma decisão “rápida, consensual e consistente” ao Governo. Foi a reação de Marcelo Rebelo de Sousa à polémica do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do primeiro-ministro, António Costa, sobre o novo aeroporto.
Numa declaração rápida aos jornalistas, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa diz que o despacho de quarta-feira do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, sobre esta matéria “já foi revogado ou irá ser revogado”.
Revogado o despacho, como é que será o futuro?”, questiona.
Sobre uma solução aeroportuária para o futuro, quer que preencha três condições: que seja uma decisão “relativamente rápida (…), que seja uma matéria consensual (…) e “consistente”.
Trata-se de uma solução para décadas. Não há um Governo, um partido, que dure décadas no poder”, acrescenta.
O Presidente da República realça que é o primeiro-ministro que escolhe os colaboradores.
O primeiro-ministro é responsável pela escolha mais feliz ou menos feliz, pela avaliação que a cada momento faz mais feliz ou menos feliz dos seus colaboradores”, afirma.

POLÉMICA EM CAUSA
ministro Pedro Nuno Santos vai manter-se no cargo. Assumiu responsabilidade pelos “erros de comunicação”, mas garante que “não mancham o trabalho longo” feito com António Costa. Já o primeiro-ministro assumiu que foi cometido “um erro grave”, erro que Pedro Nuno Santos assumiu com “humildade e que foi “prontamente corrigido”, considera.
A polémica surgiu depois de, na quarta-feira, o Ministério das Infraestruturas divulgar que a nova solução aeroportuária para Lisboa passava pela construção de um novo aeroporto no Montijo até 2026 e por encerrar o aeroporto Humberto Delgado, quando estivesse concluído o de Alcochete, em 2035.

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