Entre o soneto clássico, o verso livre da poesia moderna e a inventiva oriental dos haicais, vive caligrafia, obra do jovem poeta brasileiro Alexandre Assine, que venceu a mais recente edição do Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa: Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa. O livro chega à rede livreira nacional a partir do próximo dia 23 de Agosto, numa edição Guerra e Paz, com o patrocínio da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e da Câmara Municipal de Lisboa e o apoio do Movimento 2014 – 800 Anos da Língua Portuguesa.
Obra poética singular e de uma grande contenção, que denota influências dos poetas brasileiros Manuel Bandeira e Ferreira Gullar, do espanhol Antonio Machado e dos japoneses Bashô e Issa, caligrafia resulta, nas palavras do autor, Alexandre Assine, de uma «destilação de anos de experimentação poética. O seu desenho é deliberadamente fragmentário, ecoando, deste modo, o projecto literário do primeiro romantismo alemão e a tradição aforística».
Segundo o poeta e crítico literário António Carlos Cortez, consultor do júri internacional que distinguiu o jovem poeta brasileiro como vencedor da 7.ª edição do Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa: Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa, caligrafia é um «título rigoroso, simples, […] em que o “eu” se vai revelando verso a verso». O soneto «nenhum conto do eu, nenhum alarde» foi mesmo considerado por Cortez como «verdadeira arte poética», ao revelar «a originalíssima dicção desta voz que se fixa nessa caligrafia movente», em que confluem várias correntes e geografias poéticas.
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