“Adesão será suficiente para afetar o normal funcionamento de muitos estabelecimentos”
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) vai participar, esta sexta-feira, na greve geral dos trabalhadores da administração pública convocada pela Frente Comum.
À semelhança do sucedido no passado dia 2, dia em que a Fenprof avançou para a greve nacional de professores e educadores, as escolas já começaram a notificar os encarregados de educação: “Vimos informar que em virtude de estar convocada uma Greve Geral da Administração Pública para dia 18 de novembro de 2022, não será possível assegurar o normal funcionamento”, pôde ler-se no aviso.
Contactada pela ‘Multinews’, a Fenprof deixou o aviso: “Os professores não fecham escolas. As escolas estão abertas mesmo quando há greve de professores.”
“A greve de dia 18 é da Administração Pública, que inclui os funcionários não docentes, que asseguram o funcionamento das escolas. Se houver uma grande adesão dos funcionários não docentes à greve, as escolas podem fechar”, apontou a responsável da Federação Nacional dos Professores.
Já o STOP (Sindicato de Todos os Professores) referiu que na greve nacional marcada para esta sexta-feira “há uma grande probabilidade de um grande impacto nas escolas. Porque o pessoal não docente está sobrecarregado, as escolas estão no limite – basta que três ou quatro funcionários façam grave para que a escola feche”, referiu à ‘Multinews’ André Pestana, responsável pelo mais recente sindicato na área da educação.
“A adesão será pelo menos suficiente para afetar o normal funcionamento de muitas escolas”, frisou o responsável.
A decisão da Fenprof foi anunciada no passado dia 11, em conferência de imprensa: Mário Nogueira garantiu que o protesto contra as recentes propostas do Ministério da Educação incluía não só a participação na greve geral mas também na concentração, no próximo dia 25, diante da Assembleia da República quando decorrer a votação final do Orçamento do Estado para 2023.
O Governo pretende o “fim dos quadros de escola, agrupamento e de zona pedagógica e a (sua) substituição por mapas de pessoal”, apontou o secretário-geral da FENPROF, acrescentando que é proposta a criação de “quadros interconcelhios” para os quais deixa de haver o concurso realizado atualmente e a escolha passa a ser feita “por um conselho local de diretores”.
Multinews
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