Ficou em prisão preventiva a mãe de Jéssica, a menina morta há seis meses em Setúbal. É suspeita de homicídio qualificado por omissão. O filho da alegada ama também detido, na quinta-feira, fica obrigado a apresentações periódicas às autoridades.
Deixar a mãe da menina em liberdade nos últimos seis meses foi estratégia da investigação. Na sombra, a Polícia Judiciária foi colecionando provas do alegado envolvimento de Inês Tomás no desfecho trágico da própria filha.
Jéssica terá sido bem mais do que uma moeda de troca para pagamento de uma dívida. A menina de três anos seria usada como correio de droga com a autorização da própria mãe.
A autópsia, segundo o que a SIC apurou, confirma o que a progenitora nunca revelará: vestígios de cocaína na fralda da criança e vários tipos de lesões na zona do ânus.
A investigação acredita que Inês compraria droga a Ana Cristina Justo, a alegada ama, mais conhecida por Tita, em prisão preventiva há seis meses, por suspeitas de homicídio. Em troca deixaria que a filha fosse usada no vai e vem do negócio para não levantar suspeitas. O tribunal justificou, assim, a mais grave das medidas de coação.
A menina morreu em junho, depois de uma semana na casa da alegada ama, onde terá sido espancada e torturada. Por telefone, a mãe terá assistido às agressões e ao profundo sofrimento da filha e nada terá feito para o aliviar. A investigação entende que teve a possibilidade de a salvar e não o fez.
Eduardo, o filho do casal Ana Cristina e Justo, fica obrigado a apresentar-se todas as semanas na esquadra de residência, indiciado por tráfico de droga e ofensas à integridade física qualificada.
SIC Notícias
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