Os utentes e técnicos da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) foram os protagonistas da peça de teatro inclusivo "PORQUE NÃO PARAMOS?”, numa interpretação comovente, marcante e inclusiva, realizada nos dias 22, 24 e 26 de junho, no Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande.
A estreia ocorreu no dia 22 de junho, para os familiares daquela instituição, tendo contado com a presença do presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, que elogiou a excelente interpretação e capacidade de superação dos atores e agradeceu a todos os envolvidos. A vereadora da cultura, Ana Alves Monteiro, presenciou a apresentação do dia 24 de junho, tendo agradecido e parabenizado todos os intervenientes, pela qualidade da peça.
Tratou-se de uma iniciativa organizada pelo Município da Marinha Grande, em parceria com a APPACDM, Rosales Ballet e Plano Nacional das Artes.
A peça foi criada de raiz, com texto original de Paulo Kellerman, adaptação e encenação de Vitória Condeço, da companhia “O Nariz - Teatro de Grupo”, tendo sido protagonizada por utentes e técnicos da APPACDM, para potenciar os diversos espaços e homenagear o espólio do Museu Joaquim Correia. O espetáculo propõs ao espectador uma confrontação com as suas próprias dúvidas e certezas, com os seus preconceitos e julgamentos, com a forma como olha o que o rodeia e age sobre o que vê.
O trabalho de preparação com a população da APPACDM foi desenvolvido desde 2022, apostando nas relações interpessoais entre os atores profissionais e os utentes e profissionais da instituição através de exercícios de expressão dramática, para estimular o clima de confiança e familiaridade necessários ao trabalho de contracena.
Em março e abril, os utentes da APPACDM vieram ao Museu Joaquim Correia em residência artística, de modo a criar relação com o Museu, a sua arquitetura e as obras do Mestre Joaquim Correia, personagens também elas do texto dramatúrgico de Paulo kellerman. Inicialmente, o trabalho desenvolveu-se nas instalações da APPACDM e, a partir de maio, os ensaios adensaram-se e passaram a desenrolar-se no Museu Joaquim Correia.
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