Há
cada vez mais cidadãos descrentes na democracia. Quase a completar
meio século do 25 de abril o regime democrático nunca esteve tão
longe do ideal que foi prometido. A
frustração é grande e com ela cresce o abstencionismo e os
radicalismos. As pessoas deixam de ver diferenças
e acham que todos os políticos são iguais. Esse crescimento da
desilusão no sistema democrático é muito perigoso. Mas, o facto é
que tem crescido. Culpa de quem? De todos os que são eleitos para
exercer o poder. Os
corruptos são os únicos culpados? Não! Os que se
mantém longe da corrupção são igualmente culpados. Porque não
acautelam a erradicação da corrupção. Admitem conviver com
corruptos.
Será
que se perdeu o respeito pelo secular princípio de que à mulher de
César não basta ser séria, também tem que parecer? Ninguém
deve estar agarrado ao poder ao ponto de querer manter o cargo se não
estiver acima de qualquer suspeita. Fundada ou não!
Não é bom para o próprio. E para o país muito menos.
Há
que ser justo e dizer que muitos políticos têm tido atitude
elogiável. Confrontados com suspeição, gerada por forças
policiais ou judiciais, demitem-se.
Estes, amanhã, se saírem do desconforto da desconfiança podem
retomar a vida política. Provavelmente com maior sucesso. A
recuperação da confiança na democracia exige este comportamento!
Nisto sim, temos que ser muito exigentes. Afinal, é o povo quem mais
ordena.
Eduardo Costa
Presidente da ANIR
Destaque;
“Há
que ser justo e dizer que muitos políticos têm tido atitude
elogiável”
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