Escola das Artes lança Ciclo de Seminários Internacionais em Pós-Produção para Cinema. Referências internacionais da Pós-produção para Cinema dão seminários na Escola das Artes

 Claire Atherton vai estar a 19 de abril, pelas 18h, na Universidade Católica no Porto

 

Começa hoje, 19 de abril, e termina a 29 de junto, o Ciclo de Seminários Internacionais em Pós-Produção para Cinema, organizado pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. O primeiro de cinco seminários será com Claire Atherton, referência internacional na montagem de cinema que foi colaboradora próxima de Chantal Akerman e montadora de filmes de outros realizadores como Éric Baudelaire ou Wang Bing. Um evento vai decorrer já hoje, 19 de abril, às 18h00, no Auditório Ilídio Pinho, da Universidade Católica Portuguesa no Porto.

A programação deste ciclo de seminários aparece intimamente ligada à nova formação especializada em Pós-Produção de Cinema da Escola das Artes. Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, explica que “este ciclo convoca convidados de renome nacional e internacional – com um percurso artístico e científico de enorme relevância no campo do cinema e, mais especificamente, da montagem e pós-produção - para um conjunto de sessões que permitirão um contacto mais próximo e aberto dos nossos alunos, docentes e investigadores com os mesmos.” O diretor da Escola das Artes considera que “as suas intervenções e o diálogo permitirão desenvolver uma reflexão crítica sobre processos de prática artística de forte atualidade e importância, bem como antever metodologias e desafios relevantes dentro da área de pós-produção.”

 

Claire Atherton é uma montadora de cinema, nascida em 1963 em São Francisco e formada na École Louis Lumière em Paris. Desde cedo se interessou pelo som e trabalhou também como diretora de fotografia, mas foi na montagem que encontrou o seu caminho. Em 1984 montou “Letters Home”, um filme de Chantal Akerman com Delphine e Coralie Seyrig. Este trabalho originou uma cumplicidade e uma sensibilidade partilhadas com Akerman que se acentuaram nos anos seguintes em diversos documentários, filmes de ficção e instalações. Atherton e Akerman trabalharam juntas durante mais de 30 anos, até ao último filme da realizadora, "No Home Movie", e à última instalação, "Now". Atualmente, Atherton é responsável pela conceção e espacialização das instalações de Akerman, apresentadas em exposições por todo o mundo. Em 2023, Atherton foi a curadora de “Facing the Image”, uma exposição da obra de Chantal Akerman no La Virreina Centre de la Image em Barcelona. Além disso, Atherton trabalha como montadora com uma vasta gama de cineastas e artistas, incluindo Eric Baudelaire nos seus filmes e instalações e, mais recentemente, também Wang Bing. 

 

Entre 19 de abril e 29 de junho serão vários os Seminários

A 15 de maio, pelas 14h30, vai estar presente Paulo Américo, um dos mais reputados coloristas de cinema em Portugal, com mais de 15 anos de experiência e participação em cerca de uma centena de filmes. A 17 de maio, às 18h00, será a vez de Mark Mangini, designer de som, vencedor de dois Óscares da Academia de Hollywood com Dune e Mad Max Fury Road, e nomeado outras seis vezes pela Academia em filmes como Blade Runner 2049, Star Trek I, IV e V, O Quinto Elemento e Gremlins. A 25 de maio, às 10h00, o seminário será conduzido por Mariana Gaivão, programadora de cinema, realizadora e montadora de filmes de realizadores como Marco Martins e João Pedro Rodrigues, exibidos em festivais como Cannes, Berlim, Veneza ou Locarno. O quinto e último seminário terá como orador Alexander Gerner, especialista em estética de Generative A.I., incluindo as suas aplicações à arte e aos media, num momento de transição tecnológica prestes a revolucionar toda a prática de criação visual, e vai realizar-se a 29 de junho, às 10h00.

*Fernanda Teixeira