A
atividade dos serviços de Ação Social do
Município de Cantanhede
aumentou exponencialmente após a transferência de competências
nesta área. De facto, com as responsabilidades dos programas sociais
que transitaram da Administração Central para a esfera da autarquia
em 1 de abril de 2023, os atendimentos passaram de 1.600 para 6.000
por ano, “o que traduz uma
pressão bastante maior sobre os serviços, cuja capacidade de
resposta tem estado à altura das exigências”,
adianta a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio.
A
autarca enfatiza este aspeto, sublinhando “o
forte investimento da autarquia no reforço das equipas, não só
para tratar dos processos decorrentes da transferência de
competências, nomeadamente no
âmbito do RSI - Rendimento Social de Inserção, do SAAS - Serviço
de Atendimento e Acompanhamento Social e da Emergência Social, mas
igualmente de intervenções de carácter social que já eram da
responsabilidade da autarquia e que também registaram um aumento
apreciável”.
Além
da contratação de mais recursos humanos, “foi
necessário proceder ao seu enquadramento orgânico e criar os
espaços de atendimento adequados”,
adianta a líder do executivo camarário cantanhedense, enaltecendo
“o
extraordinário suporte das IPSS na atividade dos serviços de Ação
Social. As IPSS têm sido de facto parceiros imprescindíveis, quer
na sinalização de situações a que é necessário dar resposta,
quer no apoio aos serviços nas diligências que é necessário
efetuar para resolver os problemas de carácter social que ainda
persistem”,
sublinha Helena Teodósio.
Os
atendimentos ocorreram sem interrupções, de forma descentralizada,
em várias freguesias do concelho de Cantanhede, tendo sido
constituídas quatro equipas territoriais para o efeito, mantendo-se
o atendimento permanente na Casa Francisco Pinto.
Recorde-se
que, a Câmara
Municipal de Cantanhede aceitou as competências na área da Ação
Social, em abril de 2023. Até esta data, o Município já tinha em
curso vários programas de intervenção como o Regulamento
Municipal de Atribuição de Subsídios a Agregados Familiares em
Situação de Extrema Carência Económica do concelho de Cantanhede,
o Cartão Abem, o Banco de Voluntariado, o Incentivo à Natalidade e
o Banco de Recursos Colmeia.
O
CLAIM (Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes), o GAE
(Gabinete de Apoio ao Emigrante), o Balcão da Inclusão e as ações
de intervenção social em parceria com entidades locais e regionais,
nomeadamente, a CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens)
de Cantanhede, o CLDS Cantanhede 4G, o VirtuALL, o Banco de Leite, o
Programa Combate à Privação Material e o CuidiN são outros dos
programas de intervenção da autarquia.
No
que respeita por exemplo ao programa abem, que comparticipa a 100% a
aquisição de medicamentos sujeitos a receita médica e
comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) a pessoas
carenciadas, foram emitidos 122 cartões correspondentes a 58
agregados familiares, desde 2018 até ao final de dezembro de 2023.
Relativamente
ao incentivo à natalidade, durante o primeiro trimestre deste ano,
47 bebés beneficiaram do incentivo à natalidade, refletindo o
compromisso da autarquia com a promoção do crescimento demográfico
do concelho.
Já
o Banco de Recursos Colmeia, em Cantanhede, apoiou 175 famílias em
2023, ou seja, cerca de 450 munícipes, mais 92 famílias do que em
2022.
Dado
o trabalho do Município de Cantanhede nestas áreas, a autarquia
recebeu a bandeira verde de “Autarquia
Familiarmente Responsável”, atribuído pela Associação
Portuguesa de Famílias Numerosas, em dezembro do ano passado.
Cantanhede
integra o restrito lote dos seis Municípios que têm vindo a ser
reconhecidos a esse nível desde a primeira edição do projeto,
sendo aliás o único da região de Coimbra nessa situação.
Este
reconhecimento traduz a apreciação muito positiva das políticas
que têm vindo a ser implementadas neste domínio tão complexo e que
pressupõe intervenções a vários níveis.
Este
ano, o Município já viu
ser-lhe atribuído o selo de mérito do Movimento Cuidar dos
Cuidadores informais, no âmbito da 2.ª edição da Rede de
Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI). Esta
distinção, referente ao biénio 2023/2024, deveu-se à adoção das
melhores práticas e medidas de apoio em benefício do individuo que
acompanha e cuida da pessoa de forma permanente, nomeadamente através
do Gabinete Municipal de Apoio ao Cuidador Informal (GMACI).
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