Cerca de mil
pessoas participaram na quarta-feira, 11 de junho, numa atividade que
teve como objetivo recriar a Arte-Xávega, uma pesca artesanal
praticada há séculos na Praia da Tocha.
Além
da comunidade escolar, pais e encarregados de educação também
marcaram presença na atividade.
De
manhã cedo, o barco entrou no mar e lançou as redes. Pouco depois,
os primeiros peixes começaram a saltar, criando um ambiente de
entusiasmo entre os presentes. Para muitos, foi uma experiência
inédita ver os peixes a emergir vivos da água. Após a captura,
cumpre-se a tradição com a distribuição dos quinhões pelos
arrais.
“Trata-se
de uma iniciativa meritória do Agrupamento de Escolas Gândara-Mar
da maior relevância em termos educativos e culturais. Uma forma de
envolver a comunidade educativa e uma oportunidade única para
recuperar este património cultural imaterial da Arte Xávega, para
preservar a memória histórica e identitária deste território,
reviver tradições, e ainda mais, unir gerações. É assim que se
constrói o futuro”,
destacou o vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, com o
pelouro da Educação, Pedro Cardoso.
Para
João Gomes, diretor do Agrupamento de Escolas Gândara-Mar, “a
Arte-Xávega conta com cada
vez menos praticantes. O nosso mar é exigente e nem sempre permite
sair para a pesca. Por isso, esta é uma forma de tentar preservar a
atividade e dar-lhe maior visibilidade”.
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