terça-feira, 17 de novembro de 2015

A INDIFERENÇA

A INDIFERENÇA

A indiferença é a hostilidade em pessoa e é por si só o pior dos sentimentos humanos, que se pode oferecer sem um pingo de arrependimento, aos nossos semelhantes. Quem usa de indiferença castiga sobremaneira a outra pessoa sem que esta se possa defender, pois o indiferente não oferece abertura, para uma conversação, já que se fecha na sua inimizade. O indiferente é uma pessoa rude e sem amigos, vivendo só com a sua sem razão. A indiferença cria inimigos por onde passa e é inquietante o seu negativismo.
O pior é que a pessoa indiferente no trato com o outro, tira prazer disso no seu egocentrismo desumano e incansável, pois estas pessoas gostam de causar dano às pessoas de bem. A indiferença maltrata sem uma única réstia de arrependimento, são indivíduos mal-humorados e culpam tudo e todos por se basearem nesse sentimento preconceituoso e ávido de maus tratos.
Quem é indiferente basta-se a si próprio, ou assim o julga, e retira desse sentimento defeituoso um gozo inesgotável, que gosta de apregoar aos sete ventos. São pessoas sarcásticas e de língua afiada não se arrependendo nunca daquilo que proferem como uma exactidão que faz com que os outros se sintam culpados, pela culpa inexistente. Passam pelos outros com um desprezo e uma negligência a toda a prova, com um sorriso irascível nos lábios. Nunca olham os outros nos olhos com uma frieza de arrepiar e pouco lhes importa uma coisa como o oposto dessa coisa em si.
O indiferente gosta de criar desacatos com uma insensibilidade que magoa mais que mil palavras. São pessoas traiçoeiras a quem não se deve dar espaço ao contra ataque sempre pronto a despoletar a qualquer instante, basta que as contradigam e que as enfrentem de frente.  Como já referi acima a indiferença é o pior dos sentimentos, pois os outros não sabem como agir quando os fazem sentir culpabilizados pelo que não fazem nem praticam de modo algum. A falta de zelo é também um ponto a referir, pois normalmente são pessoas que não se empenham com o seu bem próprio ou com o alheio, é-lhes indiferente e são desapaixonadas e indolentes. Não aplaudem as opiniões ou crenças desencontradas.
Nunca se confessam culpadas de nada e o erro é sempre dos outros indivíduos. A indiferença é a negação total dos outros, como seres humanos, com seus direitos e deveres. A nulidade dos sentidos é um ponto de referência do sentimento de indiferença, nada é mais marcante do que se estar a falar com uma pessoa e essa pessoa tomar-nos por frívolos e insignificantes. Têm por normas ser pessoas egoístas e de ego elevado, não se preocupando com nada sendo as outras pessoas descartáveis. Fazem do isolamento o seu cavalo de batalha e estar fora do circuito humano é-lhes confortável e menos mau de se levar por diante, ante a sua indiferença traiçoeira e tiranica. A indiferença, como sentimento, é para se anular com paciência e doses elevadas de compreensão. E mais, quem usa da indiferença, para levar a sua vida por diante, não tem efeito positivo nenhum ou qualquer valor de registo. Por último, mas não menos importante, a indiferença e as pessoas indiferentes, não têm exactidão nenhuma, quando se pronunciam. O indiferente é um masturbador passivo.

Jorge Humberto



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