O ex-empresário do Benfica e o irmão de Santana Lopes foram detidos esta quarta-feira pela PJ por alegados crimes de natureza fiscal.
Foram detidos esta quarta-feira José Veiga, ex-empresário dos encarnados, e Paulo Santana Lopes, irmão do ex-primeiro ministro e atual provedor da Santa Casa, avança a TVI24.
Os dois foram detidos pela Polícia Judiciária esta quarta-feira, juntamente com uma advogada de nacionalidade portuguesa com quem trabalham.
Em causa estarão crimes de natureza fiscal, tal como branqueamento de capitais, crimes de corrupção no comércio internacional, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal.
De acordo com informações recolhidas pela TVI, o branqueamento de capitais seria feito através de negócios da construção civil e petrolíferos no continente africano.
Segundo o Correio da Manhã, a operação, batizada de “Rota do Atlântico”, está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e ocorreu nas zonas de Lisboa, Braga e Fátima.
Foram realizadas 35 buscas, tendo estado envolvidos cerca de 120 elementos da PJ e 10 magistrados.
A investigação remonta ao final de 2014, num caso que envolve dezenas de milhares de euros, com origem no Congo, de valores não declarados às autoridades portuguesas.
“Os proventos gerados com esta atividade eram utilizados na aquisição de imóveis, veículos de gama alta, sociedades não residentes e outros negócios, utilizando para o efeito pessoas com conhecimentos especiais e colocadas em lugares privilegiados, ocultando a origem do dinheiro e integrando-o na atividade económica licita”, refere a PJ, citada pelo CM.
Recentemente, o Diário de Notícias lançou um artigo sobre José Veiga, no qual relatava os novos negócios do empresário que antes estava fortemente ligado ao futebol.
O diário dava conta de que Veiga se tornou um empresário de sucesso no continente africano, no qual tem negócios, além do Congo, em países como Cabo Verde, Guiné Equatorial, Benim, Nigéria, Costa do Marfim, Togo e Guiné-Conacri.
O ex-empresário do Benfica emprega nesses países mais de seis mil pessoas, entre as quais 1500 são portugueses, e voltou a ser notícia por querer comprar o Banco Internacional de Cabo Verde.
ZAP
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