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O presidente
da associação da distribuição de água garantiu hoje que as entidades
responsáveis pela segurança do país e aquelas com a tarefa de gerir a
distribuição daquele recurso estão atentas aos problemas colocados pelo
terrorismo.
"As
pessoas já sabem que estão perante um perigo que não é iminente, efetivo,
porque há alvos que são muito mais espetaculares, mais mediáticos que a água,
por outro lado ficamos cientes de que é necessário precavermo-nos", disse
à agência Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem
de Águas (APDA).
Algumas
infraestruturas "são suscetíveis de serem alvo de uma ação terrorista. Na
caracterização feita, não é muito provável, mas não deixa de ser prudente
prepararmo-nos para que um evento deste tipo aconteça", acrescentou.
Nelson Geada
respondia a questões da Lusa a propósito da realização de duas conferências, em
parceria com o Serviço de Informações de Segurança (SIS), a última em Lisboa,
na semana passada, com o tema "Proteção das infraestruturas de
abastecimento de água face ao terrorismo".
Os atentados
que ocorreram em cidades europeias, afetando nomeadamente infraestruturas como
redes de Metro ou aeroportos, levaram a um reforço da vigilância em locais com
maior concentração de pessoas ou com importância estratégica.
Os encontros
entre o SIS e a APDA visaram a troca de informação entre especialistas das duas
áreas, da segurança e das empresas gestoras dos sistemas de distribuição de
água.
"O SIS
falou do que se passa no mundo na área da segurança, nomeadamente [o tema]
relacionado com atos terroristas, e a associação transmitiu informação acerca
da forma como está organizada a distribuição de água" para consumo - da
captação, ao armazenamento e distribuições pelos cidadãos, nas suas casas, nas
empresas, no comércio, nas instalações públicas, referiu Nelson Geada.
"Para já
[tratou-se] de uma ação de informação, medidas futuras a tomar competem às
entidades públicas", nomeadamente com a Entidade Reguladora dos Serviços
de Água e Resíduos (ERSAR), apontou o responsável, acrescentando que os
resultados destes contactos podem, depois, vir a ser englobados nos planos de
segurança da água.
Nelson Geada
referiu que a interrupção de abastecimento de água a uma cidade, por exemplo,
pode ser uma hipótese, como um ataque à rede de Metropolitano, infraestruturas
fundamentais na organização de uma localidade, já a possibilidade de afetar a
qualidade da água será menos provável.
Quanto ao tipo
de medidas que as empresas podem ter de avançar para minimizar danos "já é
alvo de atenção e trabalho da parte das entidades que tutelam a área", de
modo a que todos tenham um comportamento comum e eficaz, explicou ainda.
Fonte: Lusa
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