Opositores
ao Presidente venezuelano Nicolás Maduro dizem ter mobilizado um milhão de
manifestantes na quinta-feira, para o maior protesto em décadas, prometendo
ações semanais para exigir o referendo revogatório do mandato de Maduro.
A
polícia destacou centenas de agentes para separar os manifestantes, indignados
com a falta de alimentos e medicamentos, dos apoiantes de Maduro, que
prometeram defender a sua "revolução socialista".
O
líder da Mesa de Unidade Democrática, da oposição, Jesus Torrealba disse à
agência AFP que se tratou da "maior manifestação das últimas
décadas", com "950 mil a um milhão de pessoas".
As
manifestações geraram receios de violência no país, onde em 2014 protestos
contra o Governo levaram a confrontos com a polícia que causaram 43 mortos.
Os
manifestantes vestiram-se de branco e marcharam gritando "A Venezuela está
com fome" e "Este Governo vai cair".
No
final da manifestação Torrealba anunciou novas medidas para exigir a realização
do referendo revogatório do mandato presidencial de Nicolás Maduro, que incluem
a ocupação de todas as cidades do país.
"Hoje
é o início da etapa definitiva desta luta. Esta marcha que hoje se mobilizou
irá, na quarta-feira 07 de setembro até ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE)
exigindo que nos digam quais são as condições para recolher 20% das assinaturas
(dos eleitores)", disse.
Torrealba
anunciou ainda que depois da marcha até ao CNE, a oposição realizará, a 14 de
setembro uma "tomada" de todas as cidades da Venezuela, durante 12
horas e duas semanas mais tarde uma "tomada" do país por 24 horas.
Lusa
Litoral Centro – Comunicação e Imagem
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