O pequeno gato, de três meses de idade, que desencadeou uma zaragata entre vizinhos, na Maia, desapareceu na sequência do incidente e o seu paradeiro era, na segunda-feira, desconhecido. O caso deverá continuar na justiça.
Vânia Silva, proprietária do animal, contou ao JN que tudo aconteceu depois de ele ter fugido para rua, ao início da noite de anteontem, escondendo-se debaixo das viaturas, na Rua de Gonçalo Mendes da Maia, em Vila Nova da Telha. "Andávamos atrás dele há duas horas, à chuva. Fui a casa mudar de roupa e vi-o debaixo do carro do vizinho. Ia buscá-lo, mas ele assustou-se e subiu para o motor do carro. O vizinho entrou no carro para colocá-lo na garagem e eu pedi-lhe para esperar, para tirar dali o gato. Ele recusou, fez marcha-atrás, eu meti-me à frente e passou com a roda por cima dos meus pés", descreveu.
A moradora, de 31 anos, diz que de seguida o homem, com pouco mais de 50 anos, agrediu-a no nariz e empurrou-a contra a parede. "Fui chamar o meu marido e o vizinho, da varanda, deu dois tiros de caçadeira contra nós", referiu. Ninguém foi atingido.
A GNR foi chamada e encontrou um cartucho de caçadeira. Foi aberto o capô do veículo, de onde saiu o gato, que refugiou-se na propriedade do referido vizinho. As buscas revelaram-se infrutíferas. Vânia Silva recebeu tratamento hospitalar a ferimentos resultantes da alegada agressão e o casal garante que vai formalizar queixa-crime. A GNR identificou os envolvidos no incidente e apreendeu a caçadeira, que está legalizada, participando o caso ao Ministério Público.
O vizinho - que o JN tentou, sem sucesso, contactar - terá alegado às autoridades que esperou meia hora pela saída do gato, mas como tal não acontecia, preparava-se para guardar a viatura. Disse que foi impedido pela vizinha, que invadiu o pátio de sua casa e provocou danos no veículo. O disparo de "pólvora seca" foi justificado por recear pela sua segurança depois de Vânia ter voltado com o marido.
Fonte/Foto: JN
Nenhum comentário:
Postar um comentário