“La Dolce Vita – Jóias com Luz” é o título da exposição de joalharia contemporânea da autoria de Sandrine Vieira, que a Câmara Municipal da Marinha Grande inaugura no dia 11 de fevereiro (sábado), pelas 16h00, no Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidro. A entrada é livre.
As jóias de Sandrine Vieira refletem a sua paixão pela vida, pelas coisas comuns do dia a dia pelo que vê e pelo que a rodeia. Objetos comuns são transformados em obras de arte, em peças singulares de joalharia que se definem pela elegância, humor, simplicidade e design. “Dolce Vita” surge dessa forma, o glamour dos cristais dos lustres cheios de luz transforma-se em joias.
De acordo com a artista, o projeto “La Dolce Vita” surge “centrado nos tão típicos lustres de cristal, onde o brilho e os fantásticos reflexos nos remetem para o mundo imaginário do cinema e ficção, e na forma como estes objetos se podem transformar em extraordinárias joias repletas de charme e glamour”.
A Marinha Grande, historicamente ligada à indústria vidreira, e “o Núcleo de Arte Contemporânea (NAC), espaço dedicado à arte contemporânea que se constitui como complemento ao Museu do Vidro, são o local por excelência para a concretização deste meu projeto”, refere a criadora.
A mostra fica patente até 19 de março, podendo ser visitada de terça-feira a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, e ao sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h00. A entrada é gratuita.
Do design gráfico à joalharia
Sandrine Vieira, nasceu em Paris, mas vive e trabalha em Leiria, cidade para onde se mudou ainda pequena. Licenciada em Design Gráfico e Ilustração pela ARCA, Coimbra, e formada em joalharia, na Contacto Directo, a designer é uma artista com um largo percurso artístico e profissional.
Exemplo de imensa criatividade e vocação para o inesperado, estudou Cinema de Animação, antes mesmo de se dedicar à experimentação e criação dos seus próprios processos de fabrico de peças de joalharia. Neste campo, adora criar, renovar e reinventar usos para os mais inusitados e desconcertantes materiais.
Sandrine Vieira dá total sentido à célebre frase proferida por Antoine Laurent de Lavoisier - "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Efetivamente, ao longo do seu trabalho enquanto joalheira, tem tornado evidente que, nas suas mãos, nada se perde tudo de transforma.
Do seu percurso profissional fazem parte inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se, em nome próprio, as mostras de joalharia “Arquitectura e Design”, na Livraria Arquivo, Leiria [2007], “Rapariga dos Brincos de Pérola”, no seu atelier, em Leiria [2013] , "Eu Sou um Jóia"- Museu Edificio Banco de Portugal – [Set2015], entre outras.
Em conjunto com outros artistas, destaca-se a sua participação em exposições de joalharia na Casa-museu Marta Ortigão Sampaio, Porto [2009], no Museu de Design – MUDE, e na “Useless”, Experimenta Design [2011].
Representou ainda Portugal, por duas vezes, em certames internacionais, como a Fitur, em Madrid [2010] e a Bienal Ibero-Americana de Design (BID) [2012].
A carreira desta artista teve um início precoce, tal como cedo se deu o reconhecimento do seu trabalho. Corria o ano de 2001, quando foi “Jovem Talento”, na área de Design Gráfico na mostra nacional “Jovens Criadores 2001-02”, promovido pelo Clube de Artes e Ideias e pela Secretaria de Estado da Juventude. No ano seguinte, 2002, fez parte do lote nacional de Jovens Criadores, na área de joalharia [mostra de 2002-03], também promovida pelo Clube de Artes e Ideias e pela Secretaria de Estado da Juventude.
No seu extenso currículo, podemos ainda encontrar o desenho de um relógio para a multinacional dos chocolates Kit Kat, bem como, vários artigos sobre as suas obras em publicações de renome internacional.
Por duas vezes consecutivas foi selecionada e publicada na conceituada editora Lark Books, no seguimento de duas das mais importantes competições a nível mundial de design de joalharia - 500 RINGS Jewelry Designs - Lark Books [2011] e 500 Silver Jewelry Designs - Lark Books [2012].
Podemos também encontrá-la, assim como as suas obras, nas revistas PLAGE, Paris [2001], V-LUDO [2007], VIP-JÓIAS [2008], ATTITUDE [2009], UMBIGO [2010] e MUTANTE [2014].
Muitos dos seus trabalhos foram adquiridos por importantes espólios de colecionadores particulares mas, também, por instituições públicas como o Instituto Politécnico de Leiria e MUDE - Museu do Design e da Moda, Lisboa.
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