David Dinis, Director
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Bom dia!
Mais uma decisão polémica de Trump: o Presidente dos EUA demitiu a procuradora-geral que, horas antes, tinha dado indicação aos representantes da justiça para não defenderem a sua decisão de suspender a entrada de imigrantes e refugiados no país. Trump usou uma palavra para justificar a demissão: traição. Se concordar, já voltamos ao tema aqui mais abaixo.
Fillon foi interrogado durante seis horas, defendendo o emprego que deu à mulher no Parlamento francês. Se a campanha do candidato republicano parece difícil, à esquerda nada parece melhor - explica-nos o Jorge Almeida Fernandes.
A Escócia deu um prazo a Theresa May: tem até ao fim de Março para ouvir as exigências de Edimburgo, antes de desencadear o Brexit. As reuniões com os governos de País de Gales e Irlanda do Norte mostraram o fosso que separa Londres e as autonomias.
O Benfica voltou a tropeçar. 18 anos depois, o clube da Luz voltou a perder no Bonfim - e ficou apenas a um ponto do F.C. Porto. Com razões de queixa do árbitro, mas quase sem criar oportunidades flagrantes de golo.
As notícias do dia
Começando por cinco problemas pendentes do Governo (uns mais perto de resolução do que outros):
O favorito ao Novo Banco promete não mexer na gestão. O fundo americano Lone Star volta a Lisboa para convencer o Governo a vender o banco, disposto a incluir investidores nacionais no negócio e a manter António Ramalho à frente do banco. O que ainda não caiu foi a exigência de uma garantia pública sobre eventuais prejuízos. Eis a nossa manchete de hoje.
O candidato ao malparado quer decisões até Fevereiro. António Esteves, ex-Goldman Sachs, conta que o Novo Banco não seja vendido, porque quer incluir os créditos de risco do banco no negócio (se o Governo aceitar, claro). A entrevista é da Cristina Ferreira e Luís Villalobos.
Mário Centeno abriu nova negociação com Bruxelas. O ministro das Finanças quer convencer a Comissão de que só usou 200 milhões em medidas extraordinárias - e não os mil milhões que os especialistas identificam. São 800 milhões a menos que podem fazer muita diferença na saída do Procedimento por Défices Excessivos, conta o Negócios.
O PCP admite não tirar a Carris a Medina. Em linguagem política, os comunistas podem pedir apenas a transferência da empresa para uma gestão supramunicipal. Na prática, isto quer dizer que o PS ficou com a esperança de que os comunistas encontrem um modo para que tudo fique na mesma. Certo é que a Carris tem 21 novas carreiras a caminho - e quatro prontas a funcionar este ano (aqui tem um mapa, para se guiar nas novidades).
As autárquicas vão ser uma guerra:
Na verdade, já há 24 guerras autárquicas espalhadas pelo país - entre dinossauros, independentes e divisões insanáveis. O PS parece ter mais problemas(mas também tem mais câmaras).
A que terá consequências maiores é a da direita: diz o jornal i que PSD e CDS têm o acordo parado e coligações suspensas.
Na Educação também há novidades:
O Governo promete 320 milhões para reabilitar as escolas (embora quase todos vindos da Europa, como recorda o DN). Uma das quais é a Alexandre Herculano, no Porto, que está em situação mais dramática. O arquitecto responsável pelo projecto diz que os 4 milhões anunciados por António Costa não chegam para nada.
Há uma universidade disposta a pagar por objectivos: o reitor da Nova diz que a medida será de adesão voluntária para os professores.
Valter Hugo Mãe fica só para os mais crescidos. O romance O Nosso Reino gerou polémica pelas passagens... quentes. E o Governo culpou uma falha informática pela sua inclusão no 3º ciclo.
E ainda...
A DECO está preocupada com as telecomunicações. No ano passado foram 45 mil as queixas recebidas, a maioria nesta área. Mas há um problema cada vez mais relevante com as compras na net.
A Protecção de Dados pediu mudanças na base nacional de criminosos. Nomeadamente que as crianças sejam poupadas à recolha de informação.
As novas taxas nos aeroportos chumbaram. O regulador pediu mais informações à ANA.
América, quem és tu?
O mundo contra Washington. Donald Trump conseguiu o impensável: em 10 dias apenas, uniu líderes que não se cruzam, que o acusam de rasgar 70 anos de política externa. Motivo: um decreto - que não é um decreto qualquer (e que a Maria João Guimarães explica bem). Um decreto que faz isto às pessoas (e, podemos acrescentar, à América também), em histórias contadas pela Sofia Lorena, ou que faz isto à sua embaixadora, na história contada pela Bárbara Reis. Um decreto quearrisca enfraquecer a defesa contra o terrorismo, que levantou os empresários de Silicon Valley (porque também tem consequências para eles) e que tirou Obama do silêncio.
Sim, América, temos um problema - argumento eu no Editorial do PÚBLICO de hoje. A vale a pena acrescentar isto: George W. Bush demorou três anos a chegar aqui - a Trump bastaram oito dias. Como diz Paulo Rangel, na sua crónica de hoje: "Gostamos demasiado da América, dos Estados Unidos, dos americanos, da sua cultura e do seu apego e amor à liberdade para calar".
Hoje acontece
- O Parlamento britânico começa a discussão sobre o Brexit, obrigatório por determinação judicial.
- Marcelo deve falar sobre a eutanásia, um dia antes do Parlamento se lançar nesta discussão sensível.
- Termina o mercado de transferências de Inverno no futebol.
- É publicado por cá o novo romance de Paul Auster: "4 3 2 1"
Um minuto para a Cultura
Portugal tem quatro candidatos ao Prémio Mies van der Rohe. O Museu Nadir Afonso, em Chaves, uma casa em Oeiras e dois edifícios da EDP estão na lista dos 40 nomeados. Lá para Maio saberemos se algum ganha o grande prémio.
O Louvre tem uma sala vazia à espera da pintura portuguesa. O Museu de Paris tem três portugueses em exposição, mas há um projecto para alargar a homenagem, para que lá se possa contar uma primeira história da arte portuguesa. O Sérgio C. Andrade leva-nos numa visita guiada.
Já sabe, quando quiser uma visita guiada às notícias, é só aparecer por aqui. Ponha um bom sorriso e prepare-se: vem aí um dia produtivo e feliz.
Até já!
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