Vídeo demonstrativo do cenário que se viveu em Aveiro
“O espaço onde se encontra hoje o aquartelamento do regimento de
infantaria n.º 10 é, por força do seu passado militar, um caso
especial único das forças armadas portuguesas”.
“De
facto, ao longo das décadas, desde 1 de abril de 1918 até aos
nossos dias, aquartelaram sucessivamente em s. jacinto tropas dos
três ramos das forças armadas portuguesas, tendo, em várias
épocas, desempenhado papéis relevantes, e muitas vezes decisivos,
em matéria de defesa dos interesses da nação e de Portugal”.
Base
Aeronaval Francesa
Durante
a 1ª grande guerra, o governo francês solicita a portugal a
instalação de uma pequena esquadrilha da sua aviação naval na
região de aveiro, para poder efectuar a vigilância dos submarinos
alemães que cruzavam a costa atlântica do território europeu.
Esta
instalação concretizou-se em 1 de abril de 1918, com a chegada a s.
jacinto de oito hidroaviões franceses com os respectivos pilotos e
pessoal de apoio.
Em
dezembro de 1918 os franceses entregam as instalações e os
hidroaviões que aí mantinham, à aviação naval portuguesa.
Aviação
Naval Portuguesa
O
centro de aviação naval de s. jacinto inicia um período de
expansão e em 1933 é criada a escola de aviação naval «almirante
gago coutinho»,
Em
1952, com a criação da força aérea, a escola passa para o
controlo deste novo ramo das forças armadas portuguesas e passa a
designar-se base aérea n.º 5.
Força
Aérea
Portuguesa
A
base aérea n.º 5 era uma unidade especialmente vocacionada para a
instrução de pilotagem, que em 1956 passa a designar-se
aeródromo-base n.º 2, e em 1957 base aérea n.º 7, mantendo-se
sempre vocacionada para as missões de instrução de pilotagem.
Em
1977, fruto da reestruturação das tropas páraquedistas, a força
aérea desactiva a base aérea n.º 7, cedendo grande parte das suas
instalações à base operacional de tropas pára-quedistas n.º 2
(botp2).
Com
a redução de unidades-base efectuada no início dos anos 90, em
1992, a força aérea desactiva totalmente o aeródromo de manobra
n.º 2, passando todas as instalações militares de s. jacinto, para
o controlo do corpo de tropas pára-quedistas.
Exército
Em
1 de janeiro de 1994 no âmbito do processo de reorganização das
forças armadas portuguesas, dá-se a extinção do corpo de tropas
pára-quedistas na força aérea e a criação do comando de tropas
aerotransportadas no exército português.
Com
esta alteração é extinta a base operacional de tropas
paraquedistas nº2 e criada a 1 de janeiro de 1994, na dependência
do comando das tropas aerotransportadas, a área militar de s.
jacinto (amsj).
Desde
01 de julho de 2006, com a nova lei orgânica do exército aprovada,
a area militar de s. jacinto passou a designar-se regimento de
infantaria nº 10 (ri10), sendo uma das unidades regimentais da
brigada de reacção rápida (brigrr).
Quase
um século de história, a ostentação de ser a única unidade das
forças armadas portuguesas que pertenceu aos seus três ramos, assim
como o singelo garbo, da condição única de presença em todos os
teatros de operações em que estas estiveram envolvidas.
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