O Comité Olímpico Internacional selou esta terça-feira o afastamento do Comité Olímpico da Rússia dos Jogos de Inverno do próximo ano, que terão lugar em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Alguns atletas poderão competir sob bandeira olímpica. As estruturas desportivas de Moscovo são acusadas de doping institucionalizado.
Além do afastamento do Comité Olímpico russo dos próximos Jogos de Inverno, o vice-primeiro-ministro russo Vitali Moutko, com a pasta do desporto, fica definitivamente banido de todas as competições olímpicas.
Por sua vez, o presidente do Comité Olímpico da Rússia, Alexander Zhukov, vê suspenso o estatuto de membro do Comité Olímpico Internacional.
“Trata-se de um ataque sem precedentes contra a integridade dos Jogos Olímpicos e do desporto. A comissão Executivo do COI aplicou sanções proporcionais face à manipulação sistémica, protegendo os atletas próprios”, afirma em comunicado o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, referindo-se aos atletas que serão autorizados a competir.
Esta decisão acontece dois anos depois de a Federação Internacional de Atletismo ter suspendido a Federação Russa, a 13 de novembro de 2015. E quase 17 meses após as revelações do Relatório McLaren, que apontava para um esquema de doping no desporto russo com o envolvimento quer do poder político, quer dos serviços secretos.
Recorde-se que antes dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o COI renunciou a suspender a Rússia, delegando nas federações internacionais a tarefa da triagem de atletas deste país, que acabou por se fazer representar por 276 desportistas no Brasil – a comitiva inicial incluía 387.
O afastamento da Rússia dos Jogos Olímpicos de Inverno é anunciado ao fim de ano e meio de inquéritos conduzidos por duas comissões presididas pelos suíços Denis Oswald e Samuel Schmid.
RTP
Nenhum comentário:
Postar um comentário