Inquérito da Proteção Civil deteta indícios de irregularidades e revela que deficiências de qualidade da comida durante o combate aos fogos foram casos pontuais.
O inquérito da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) à qualidade da alimentação fornecida aos bombeiros nos incêndios de agosto apurou que se verificaram deficiências na quantidade e na qualidade das refeições distribuídas em 17 incêndios florestais.
Foram casos pontuais e circunscritos, indica o documento elaborado pela Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização da ANPC por indicação do anterior secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
O relatório adianta que a grande maioria dos operacionais não teve este problema com a alimentação.
Contudo, foram detetados "indícios de irregularidades" na documentação relativa ao fornecimento de refeições.
Desta forma, o ministério da Administração Interna decidiu suspender, por 20 dias, o pagamento dos reembolsos nos casos em que há suspeitas de irregularidades.
Ao que a TSF apurou, vão ser pedidos esclarecimentos às 12 associações de bombeiros visadas, para que esclareçam as condições e contornos em que apresentaram os processos de reembolso de despesa.
O ministério pretende também rever a diretiva financeira que prevê a comparticipação das despesas dos bombeiros, em especial no que diz respeito ao ressarcimento dos gastos com alimentação.
A Diretiva Financeira faz a comparticipação das despesas resultantes de intervenções no âmbito das operações de Proteção e socorro e estados de alerta especiais.
Fonte: TSF
Foto: Rui Oliveira/Global Imagens
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