360º
Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Para começar um bom dia e um bom Ano Novo.
Sigo para o resumo das notícias desta manhã e desta mudança de ano
Enquanto dormia...
... a mensagem de Ano Novo ao país de Marcelo Rebelo de Sousa mostrou um Presidente ainda em casa, mas já recuperado e com muito para dizer. Marcelo começou por falar dos problemas do Mundo, evocando Guterres, dos desafios que a Europa tem pela frente, envolvendo neles Centeno, dos que nos deixaram em 2017, deixando um especial elogio a Mário Soares, para terminar depois num tom bastante crítico, ainda que salteado com alguns elogios. O Presidente caracterizou o ano como contraditório, de vitórias até 16 de junho e de tragédias a partir daí, lembrando o Governo de que as boas notícias na economia e nas finanças (que fez questão de sublinhar que se devem também ao anterior executivo) são menos importantes do que a segurança dos portugueses e que essa não pode voltar a falhar. Daí o conselho de prudência para 2018 e a exigência de "reinventar" a confiança do País.
As reações dos partidos não se fizeram esperar: com diferentes perspectivas segundo a direita e a esquerda.
Marcelo deve voltar a ser notícia ainda hoje ou amanhã: à saída do hospital deixou a ideia que vai (mesmo) vetar a lei do financiamento partidário, aprovada à socapa e sob secretismo em causa própria.
A Coreia do Sul propôs uma ronda de negociações ao mais alto nível com a Coreia do Norte para 9 de janeiro. A proposta de Seul a Pyongyang surge depois de, no seu discurso de Ano Novo, Kim Jon-un ter mostrado uma inédita abertura ao diálogo com o vizinho do sul. Mas, ao mesmo tempo, deixou mais uma grave ameaça aos EUA e ao mundo: lembrou que a Coreia do Norte é já um potência nuclear e que tem sempre o botão fatal em cima da sua secretária.
No Irão, uma onda de protestos está a causar também apreensão mundial. As manifestações contra os cortes e a pobreza crescente no país já fizeram vários mortos, entre eles polícias. O regime iraniano reagiu de forma dura, quer contra os manifestantes quer contra as posições de vários países, desde a UE às críticas de Donald Trump (que no primeiro tweet de 2018decidiu criar mais um inimigo perigoso, o Paquistão).
A semana, em que as contratações da abertura do mercado do futebol vão começar um vai e vem interminável de jogadores, tem um dérbi nacional que pode mudar o campeonato. O Benfica-Sporting de amanhã já mexe, com a entrevista (incisiva e polémica) de Bruno de Carvalho ao Record. O presidente do Sporting, entre outras coisas, pede a descida de divisão do rival.
Dos jornais desta manhã, nota para as novas regras do alojamento local que o Parlamento vai discutir sexta-feira. Segundo o DN, o PS mantém a proposta criticada quer por Costa quer por Medina, de exigir autorização do condomínio.
Outra informação importante
Hélder Bataglia foi a testemunha-chave para a acusação do caso Sócrates. Nos interrogatórios do processo confessou que transferiu 12 milhões para Carlos Santos Silva, o alegado testa de ferro do ex-primeiro-ministro, a pedido de Ricardo Salgado. A Sónia Simões resume os 10 pontos essenciais das revelações de Bataglia aos investigadores e a sua principal justificação: "Não se dizia 'não' ao dr. Ricardo Salgado naquela altura". Pode ainda ver os melhores excertos deste interrogatório em mais um episódio da mini-série "Sim, sr. Procurador".
Um ano e meio depois, foi resolvido um dos crimes que mais agitou Espanha: o desaparecimento da adolescente Diana Kerr. A descoberta do telemóvel da rapariga por um pescador reabriu a investigação que estava arquivada e confirmou o crime (e não a tese de fuga): Diana foi raptada, violada e estrangulada. O assassino foi preso e o cadáver pode agora revelar tudo o que aconteceu há mais de 450 dias. "El Chicle" (assim era conhecido) usou o mesmo método pelo menos mais quatro vezes, diz hoje o El Español.
Em Espanha, a tensão com a Catalunha continua também a ser notícia. Carles Puigdemont, ainda desde Bruxelas, pede a libertação daqueles a que chama presos políticose coloca pressão sobre o governo de Rajoy.
Na Califórnia já é legal comprar canábis. E houve filas para a conseguir.
Ainda nos EUA, foi criado um movimento contra os abusos sexuais. São mais de 300 atrizes, argumentistas, diretoras e outras personalidades do cinema que se unem depois do escândalo que começou com o produtor Harvey Weinstein e nunca mais parou.
No Brasil, um motim numa prisão fez 9 mortos e 14 feridos.
Um selo descoberto na cidade velha de Jerusalémconfirmou algo que até agora só constava da Bíblia.
Voltando a Portugal, hoje quando sair à rua prepare-se para pagar mais pelo pão, pelos combustíveis, pelos transportes e pela energia. O resumo do muito que vai aumentar de preço (e do pouco que vai baixar) está aqui feito pelo David Almas.
Mas não desanime já: o David tem também conselhos de investimento. Reuniu os depósitos bancários mais generosos, a melhor solução de risco mediano, bons fundos de investimento e uma carteira de ações para ver o seu dinheiro crescer em 2018. (lembrando que um título que recomendámos para 2017 rendeu quase 100%.)
Os nossos especiais
Quem melhor para começar o ano que Ana Malhoa? Sim! A cantora que se estreou ao lado do pai aos seis anos, passou pelos estúdios do Buéréré e vive agora a fase do reggaeton da América Latina deu uma entrevista de vida reveladora ao Mauro Gonçalves. Ora leia.
Outra entrevista imperdível é a do Rui Miguel Tovar ao chef Rui Paula. O dono do DOC, em Armamar, o restaurante mais bem cotado no ranking mundial do TripAdvisor em 2017, lembra que nem tudo foram rosas até chegar onde chegou: “Vendi automóveis, sumos e tabaco, só depois fui para a restauração”.
A nossa opinião
- Rui Ramos escreve sobre o financiamento partidário em "Os partidos não precisam de nós".
- Paulo Trigo Pereira escreve sobre o que deve ser o próximo ano em "2018: Renovação, Respeito, Pertença".
- Paulo Sande escreve também sobre 2018 em "Ano novo vida velha".
- José Milhazes escreve sobre os protestos no Irão em "Descontentamento interno ou ingerência externa".
- Alexandre Homem Cristo escreve sobre a lei do financiamento dos partidos em "O silêncio de Ferro Rodrigues é inadmissível".
- Helena Matos escreve sobre o discurso da maioria de esquerda em "As Taxas dos amanhãs que cantam baixinho".
- Alberto Gonçalves escreve um balanço do ano em "2017, ano saboroso".
Notícias surpreendentes
E se os valores morais ao longo da história tivessem sempre dependido das fontes de energia do mundo? Essa é a ideia que o escritor Ian Morris sugere no livro 'Caçadores, camponeses e combustíveis fósseis', que o José Carlos Fernandes fez questão de dissecar.
É já uma marca Observador: todos os anos sugerimos-lhe uma lista das melhores apps para Android's ou iPhone's. Estas são as 21 que realmente vale a pena instalar (ou manter) depois de um seleção apurada do Edgar Caetano e do Manuel Pestana Machado.
Por falar em listas, a cada fim e início de ano elas multiplicam-se ao ponto de nem sabermos quem recomenda o quê. A pensar nisso, a Marta Leite Ferreira decidiu facilitar-nos o trabalho: compilou as 55 sugestões dos melhores livros, músicas, álbuns, filmes, séries, podcasts, personalidades, jogos, documentários e gadjets segundo os maiores especialistas. É a lista das listas (ufa, está tudo lá).
Sei que o Reveillon já lá vai, mas é sempre bom recordar (até porque pode haver quem não se lembre de nada, ainda que para isso não haja solução). Ficam por isso as imagens por esse mundo fora, algumas das grandes festas nacionais e uma selfie que fez furor nas redes sociais: a do ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, com a socialite Lili Caneças.
Fica feito o resumo desta manhã e dos últimos dias de mudança do ano. Se ainda se quiser testar (e divertir) tem sempre este quiz gigante sobre 2017. Para o resto das notícias, sempre explicadas, é só continuar a passar pelo Observador.
Volto aos desejos de um bom arranque de 2018 nesta terça-feira em que pode já também fazer contas às pontes do ano -- tem aqui o calendário de todos os feriados
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Leia as últimas
em observador.pt
©2017 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
Nenhum comentário:
Postar um comentário