terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Bem-vindos a 2018, o ano que começa bem

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia, bom ano novo!
E, sim, é caso para dizer que há razões para sorrir com as primeiras notícias do ano.
Bem, desconte esta primeira...

Há uma nova vaga de manifestações sem fim à vista no Irão. Começaram com slogans contra o 'moderado' Rohani (e ainda não pararam), mas também já gritam contra o Guia Supremo. E não estão a ser  pacíficas: a BCC fala de mais nove mortes esta noite, a juntar às 12 dos últimos dias. A Sofia Lorena explica a que se deve esta tensão.
As boas novas começam aqui:
As duas 'Coreias' já têm uma data para negociar. A Coreia do Sul propôs ao regime de Kim Jong-un o dia 9 de Janeiro para os dois governos retomarem contactos diplomáticos. O desbloqueador de conversa é o desporto - neste caso, a intenção da Coreia do Norte de participar nos Jogos Olímpicos de Inverno.
O 'Hall of Fame' criou um projecto de apoio às vítimas de assédio. Mais de 300 actrizes, argumentistas, directoras e outras personalidades do cinema lançaram ontem um fundo para apoiar a luta contra o assédio sexual - em Hollywood e noutras profissões nos EUA. A ideia chama-se Time's up. E aparece no dia em que o director do ballet de Nova Iorque se demitiu face às acusações de má conduta, pondo fim a três décadas de sucessos - uma história bem contada pelo The New York Times.

O que marca o dia

Centeno começa o ano com uma folga no Orçamento. O ministro contava com uma receita extraordinária de 450 milhões para resolver o défice de 2017, mas conseguiu deixar mais de 370 milhões para este ano. O Sérgio Aníbal conta a que se deve a boa nova. E, no Editorial, o Vítor Costa aproveita para pedir um desejo: que este seja o ano para erradicar o défice.
O Presidente pediu o "reinventar da confiança". Na mensagem de ano novo, feita a partir de casa (mas já de boa saúde), o Presidente falou num ano que podia ter sido perfeito, mas acabou por ser trágico. E, lembrando a tragédia dos incêndios, lembrou ao Governo que "segurança é mais do que estabilidade governativa ou finanças sãs".  
E há tanto para fazer, nessa "reinvenção". A Liliana Valente dá-nos conta de um problema: o programa que rastreia SIRESP só foi usado para armazenar dados. O JNacrescenta outro: os bombeiros estão a perder sócios (e, portanto, financiamento) apesar do que aconteceu.
Mas, vá, persistimos nas boas novaso novo plano contra a violência vai reforçar direitos das vítimas à habitação, conta-nos a Ana Cristina Pereira; e o ano novo trouxe-nos 213 bebés, acrescenta o JN - com o primeiro deles a contar-nos uma bela aventura
Temos também um regresso à normalidade na Autoeuropa, pelo menos com o retomar da produção (as negociações laborais só começam lá mais para o final da semana)...
... E um apertão à bancapara reforçar o fundo que nos protege os depósitos - diz o Negócios.
O ano começou também com um apelo especial do Papa Franciscouma igreja “humilde”, contra os que incitam ao medo. Uma mensagem de ano novo que fez acompanhar de um cartão especial, com destinatários bem conhecidos

2018: pessimista, optimista?

Desafiámos os líderes políticos a responder: devemos estar pessimistas ou optimistas para o ano que entra? Porquê? Para que datas (ou personalidades) devemos olhar com mais atenção? Que prioridade tem para o ano novo? As conclusões são estas: o sol brilha mais, mas 2018 ainda terá nuvens negras. Para saber quais, aqui ficam as respostas de Ferro Rodrigues, Carlos Moedas, Jerónimo de Sousa, Catarina Martins, Assunção Cristas e Rui Rio (Santana Lopes, esse, não quis responder). Assim como o artigo de Carlos Costa sobre os desafios da economia este ano.
Posto isto, o melhor é passar os olhos pelo calendário bonito que lhe preparámos, com as datas que vão marcar 2018. Ou reabrir o baú dos tesourinhos (quase sempre) deprimentes, listando os 18 temas que vamos continuar a discutir em 2018. Ou ainda relembrar o que vai mudar nas nossas vidas este ano.
Para a mudança seja na direcção certa, a Alexandra Prado Coelho deixou-lhe 10 novos restaurantes para 2018 e o Rodrigo Nogueira 20 séries para arrancar bem o ano. Diga lá se não são amigos?

A agenda do dia

Ainda não é cheia, como cumpre numa reentrada, mas já com sinais de retoma. Na política interna, haverá reacções ao discurso do Presidente (o PS guardou-se para hoje). E a entrega da moção de Santana Lopes, na corrida ao PSD.
Lá por fora, o mundo estará atento ao que se passa no Irão - e à reacção que o preço do petróleo vai ter a esse novo foco de tensão. Na Índia espera-se um passo em frente, com os deputados a discutirem os direitos das mulheres no casamento.
Chegado aqui, ainda lhe deixo uma ideia do P3: quatro calendários para entrares em 2018 com o espírito certo. E um conselho para quem pense naquele velho lema: ano novo, vida nova: afinal, como se muda de vida?
Vamos a isto?
Feliz ano novo! E até já!

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