David Dinis, Director
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Bom dia, bom ano novo!
E, sim, é caso para dizer que há razões para sorrir com as primeiras notícias do ano.
Bem, desconte esta primeira...
Há uma nova vaga de manifestações sem fim à vista no Irão. Começaram com slogans contra o 'moderado' Rohani (e ainda não pararam), mas também já gritam contra o Guia Supremo. E não estão a ser pacíficas: a BCC fala de mais nove mortes esta noite, a juntar às 12 dos últimos dias. A Sofia Lorena explica a que se deve esta tensão.
As boas novas começam aqui:
As duas 'Coreias' já têm uma data para negociar. A Coreia do Sul propôs ao regime de Kim Jong-un o dia 9 de Janeiro para os dois governos retomarem contactos diplomáticos. O desbloqueador de conversa é o desporto - neste caso, a intenção da Coreia do Norte de participar nos Jogos Olímpicos de Inverno.
O 'Hall of Fame' criou um projecto de apoio às vítimas de assédio. Mais de 300 actrizes, argumentistas, directoras e outras personalidades do cinema lançaram ontem um fundo para apoiar a luta contra o assédio sexual - em Hollywood e noutras profissões nos EUA. A ideia chama-se Time's up. E aparece no dia em que o director do ballet de Nova Iorque se demitiu face às acusações de má conduta, pondo fim a três décadas de sucessos - uma história bem contada pelo The New York Times.
O que marca o dia
Centeno começa o ano com uma folga no Orçamento. O ministro contava com uma receita extraordinária de 450 milhões para resolver o défice de 2017, mas conseguiu deixar mais de 370 milhões para este ano. O Sérgio Aníbal conta a que se deve a boa nova. E, no Editorial, o Vítor Costa aproveita para pedir um desejo: que este seja o ano para erradicar o défice.
O Presidente pediu o "reinventar da confiança". Na mensagem de ano novo, feita a partir de casa (mas já de boa saúde), o Presidente falou num ano que podia ter sido perfeito, mas acabou por ser trágico. E, lembrando a tragédia dos incêndios, lembrou ao Governo que "segurança é mais do que estabilidade governativa ou finanças sãs".
E há tanto para fazer, nessa "reinvenção". A Liliana Valente dá-nos conta de um problema: o programa que rastreia SIRESP só foi usado para armazenar dados. O JNacrescenta outro: os bombeiros estão a perder sócios (e, portanto, financiamento) apesar do que aconteceu.
Mas, vá, persistimos nas boas novas: o novo plano contra a violência vai reforçar direitos das vítimas à habitação, conta-nos a Ana Cristina Pereira; e o ano novo trouxe-nos 213 bebés, acrescenta o JN - com o primeiro deles a contar-nos uma bela aventura.
Temos também um regresso à normalidade na Autoeuropa, pelo menos com o retomar da produção (as negociações laborais só começam lá mais para o final da semana)...
... E um apertão à banca, para reforçar o fundo que nos protege os depósitos - diz o Negócios.
O ano começou também com um apelo especial do Papa Francisco: uma igreja “humilde”, contra os que incitam ao medo. Uma mensagem de ano novo que fez acompanhar de um cartão especial, com destinatários bem conhecidos.
2018: pessimista, optimista?
Desafiámos os líderes políticos a responder: devemos estar pessimistas ou optimistas para o ano que entra? Porquê? Para que datas (ou personalidades) devemos olhar com mais atenção? Que prioridade tem para o ano novo? As conclusões são estas: o sol brilha mais, mas 2018 ainda terá nuvens negras. Para saber quais, aqui ficam as respostas de Ferro Rodrigues, Carlos Moedas, Jerónimo de Sousa, Catarina Martins, Assunção Cristas e Rui Rio (Santana Lopes, esse, não quis responder). Assim como o artigo de Carlos Costa sobre os desafios da economia este ano.
Posto isto, o melhor é passar os olhos pelo calendário bonito que lhe preparámos, com as datas que vão marcar 2018. Ou reabrir o baú dos tesourinhos (quase sempre) deprimentes, listando os 18 temas que vamos continuar a discutir em 2018. Ou ainda relembrar o que vai mudar nas nossas vidas este ano.
Para a mudança seja na direcção certa, a Alexandra Prado Coelho deixou-lhe 10 novos restaurantes para 2018 e o Rodrigo Nogueira 20 séries para arrancar bem o ano. Diga lá se não são amigos?
A agenda do dia
Ainda não é cheia, como cumpre numa reentrada, mas já com sinais de retoma. Na política interna, haverá reacções ao discurso do Presidente (o PS guardou-se para hoje). E a entrega da moção de Santana Lopes, na corrida ao PSD.
Lá por fora, o mundo estará atento ao que se passa no Irão - e à reacção que o preço do petróleo vai ter a esse novo foco de tensão. Na Índia espera-se um passo em frente, com os deputados a discutirem os direitos das mulheres no casamento.
Chegado aqui, ainda lhe deixo uma ideia do P3: quatro calendários para entrares em 2018 com o espírito certo. E um conselho para quem pense naquele velho lema: ano novo, vida nova: afinal, como se muda de vida?
Vamos a isto?
Feliz ano novo! E até já!
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