João António Pagliosa |
A
vida do homem sobre a face da Terra é breve... Parece que foi ontem
que me diplomei em Engenharia Agronômica, e em outubro vindouro
completarei setenta anos de idade... O tempo teima em parecer voar,
cada ano mais rápido que o anterior.
E
é incrível constatar o quanto as pessoas não se adaptam a
felicidade. Alguns se esforçam para ser infelizes, e amam tornar a
vida dos outros um inferno. Parece uma piada, entretanto este
proceder é mais comum do que supomos.
Há
muitos casais com sérias dificuldades de relacionamentos, e conheço
pessoas que preferem fazer de seus lares um octógono de UFC, antes
de um pedacinho do céu... É só combate e rixas. Encrencas e
safanões...
Há
cristãos que conhecem profundamente a Palavra, e não conseguem
viver aquilo que é plano de Deus em suas vidas... Elas não
conseguem viver em amor, e em cumplicidade... Elas não se adaptam em
viver felizes.
Elas
negam-se um ao outro. Elas não dão o braço a torcer... Elas não
perdoam falhas do cônjuge... E mantêm-se duronas e insensíveis.
Tanto
o homem quanto a mulher só se adaptam nas coisas que possuem real
interesse. Fora disso, elas não mudam seus posicionamentos, e seguem
com suas atitudes tolas e pouco inteligentes.
A
vida é breve. Principalmente por isso é preciso viver feliz, e ter
uma vida em abundância... Jesus Cristo veio para nos resgatar, mas
também para que tivéssemos uma vida feliz e em abundância,
conforme podemos ler em João 10:10.
A
questão primordial é: Como alguém pode lutar para não ser feliz?
Como alguém pode ser bobo a este ponto?
É
inacreditável, não obstante essas pessoas estão por aí... Mais
próximas do que imaginamos... E elas não cedem essencialmente
porque desconhecem a nobreza de perdoar. Quem não perdoa é
orgulhoso!
Jesus
ensinou que não devemos perdoar sete vezes, mas sim setenta vezes
sete, isto é, devemos perdoar sempre, aquele que nos feriu e que
reconhece o seu erro.
Quem
somos nós para não liberar perdão? Que tipo de cristão é esse
que não libera perdão? Quem não libera perdão não pode estar
próximo de Deus, e por óbvio não pode ter intimidade com Ele.
Por
outro lado, há pessoas que vivem felizes sem motivo nenhum. Segundo
Carlos Drumond de Andrade, aquele que consegue ser feliz sem motivo
algum, este vive o ápice da felicidade. E o que eu sei é que Deus
nos quer felizes... Sob qualquer circunstância, Deus nos quer
felizes e entusiasmados, sempre!
Nós
precisamos ver o próximo com os olhos de Deus, isto é, precisamos
ser mais perceptivos, mais antenados, mais carinhosos. Sobretudo,
precisamos nos colocar no lugar daquele com que temos relacionamentos
difíceis.
Precisamos
aprender a amar sem medidas!
O
rei Salomão escreveu o livro de Eclesiastes, uma pequena parte do
Velho Testamento. No seu tempo, Salomão foi o homem mais rico, mais
poderoso, mais sábio de toda a Terra, e no capítulo 8, versículo
15, ele nos diz: “Eu exultei a alegria porque para o homem, nenhuma
coisa há melhor debaixo do sol, do que comer, beber e alegrar-se”.
Prezado
que me lê, compreenda que nossa felicidade começa a partir do
momento que reconhecemos os pequenos fracassos. É imperioso ponderar
onde aconteceu o erro, ou a falha que determinou o fracasso. E mudar
os procedimentos para obter o resultado desejável.
Todavia,
há pessoas que nunca mudam... Neste caso, convém refletir ainda no
capítulo 8 de Eclesiastes, onde Salomão aconselha que precisamos
desfrutar do melhor desta terra. Devemos desfrutar do melhor que esta
vida pode nos proporcionar, e este é desejo de Deus, o qual criou
tudo para nosso desfrute.
Desfrute
o amor de seu cônjuge com a intensidade que seu amor permite.
Desfrute a alegria de seu lar com intensidade e prazer. Pois tudo é
maravilhoso se você for grato a Deus pelo que possui. De novo, ame
sem medidas. Doe-se até doer...
Em
Salmos 37:4, há uma pérola: “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará
os desejos do teu coração”.
Observe,
querido leitor, se nós nos deleitarmos em Deus, tudo será
maravilhoso em nossa vida.
Sejamos,
pois, gratos a Deus, por tudo aquilo que estamos vivendo agora...
Adapte-se, porque isso servirá para tudo em sua vida futura.
Com
carinho.
João António Pagliosa
Engenheiro Agrónomo
Curitiba,
12 de janeiro de 2018.
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