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David Dinis, Director
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Bom dia!
A postos para as notícias desta noite? Aqui estão elas:
Trump está "excelente" em termos físicos e foi... "bem" nos testes cognitivos. Farto das críticas sobre a sua preparação mental, o Presidente quis fazer uns exames médicos. Os resultados não foram... bom, o melhor é ler no Washington Post.
Steve Bannon recusou dar respostas ao Senado, seguindo ordens da Casa Branca - dizem os democratas. Mas o cerco aperta-se ao ex-estratega de Trump: ontem foi intimado a depor sobre a interferência da Rússia na campanha de Trump, pelo procurador especial Robert Mueller.
O Papa encontrou-se com vítimas de abusos sexuais. O encontro no Chile aconteceu horas depois de Francisco ter admitido sentir "dor e vergonha" pelos abusos cometidos contra menores por padres católicos.
O Bangladesh e a Birmânia chegaram a acordo sobre os rohingyas. O processo de repatriamento, porém, poderá demorar dois anos. Algumas organizações internacionais expressam já desconfiança perante o acordo.
O Facebook vai mudar o Messenger. Admitindo que a plataforma se tornou "muito confusa" nos últimos tempos, a ordem é, agora, para "simplificar massivamente".
O que marca o dia
O Montepio está a travar a avaliação pedida pela Santa Casa. O Haitong Bank ainda não realizou a sua análise aprofundada à Caixa Económica Montepio Geral, como lhe foi pedido há quatro meses pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, por não lhe ter sido facultada pela Associação Mutualista - a dona do banco - parte da informação que solicitou. A Cristina Ferreira conta-nos a notícia, começando por descrever um encontro sigiloso que aconteceu em Dezembro.
Sobre o Montepio, há mais duas notícias a registar esta manhã: as dúvidas levantadas pelos especialistas, que acreditam que a compra pode acabar em Bruxelas (regista o ECO); e o deadline para o plano de separação entre o banco e a mutualista, que é Abril (diz o Negócios).
A MEO pode ter um conflito de interesses na TDT. Um estudo do regulador, hoje revelado pela TSF, alerta para um falhanço da televisão gratuita, visto por cada vez menos gente e empurrando muitos portugueses para o pagamento de um serviço de cabo. A MEO, que gere o serviço mas tem interesses no cabo, fica sob suspeita - mais ainda quando tem pendente a proposta de compra da TVI.
O serviço dos CTT está a perder qualidade desde 2015. O Negócios foi ver os detalhes do relatório da Anacom que obriga a empresa a melhorar o serviço postal e tirou conclusões interessantes.
O Banco de Portugal vai estar de olho no Ikea e Worten (e hipers, stands, etc). Na prática, vai vigiar quem oferece crédito a clientes.
As dívidas das taxas moderadoras vão chegar pelo telemóvel. Conta o JNque o Governo conta recuperar alguns milhões esquecidos com a medida.
Os médicos ameaçam com três dias de greve. Zangados com o Governo, que não voltou à mesa de negociações, os representantes dos médicos apontam para uma paralisação no final Março.
O novo material usado nas escolas também é cancerígeno. O poliuretano, “não só é altamente inflamável, como tem componentes orgânicas voláteis que se vão libertando com a sua degradação e que são cancerígenas”, adverte a Quercus.
O Presidente Marcelo vai receber hoje a PGR. Oficialmente, o objectivo é falar sobre o pacto da Justiça.
Rui Rio promete unidade, mas sem hipocrisias. Numa entrevista à RTP3, o novo líder deixa em aberto o futuro do líder parlamentar do partido, mas diz que só começa a mandar quando Passos sair.
A discussão sobre transparência vai esperar por Rui Rio. A eleição de um novo líder no PSD e a apresentação de novos projectos sobre transparência em cargos públicos poderá fazer prolongar o debate na especialidade até Março, conta a São José Almeida.
Miguel Frasquilho recebeu o dobro do "saco azul" do GES. Foram entregues, segundo o Observador, cerca de 98 mil euros ao agora chairman da TAP, seus pais e irmão. Pagamentos a familiares eram frequentes no GES. O objectivo era a “dissimulação de fluxos”, acusa o MP. Frasquilho garante que não.
As outras leituras
A Catalunha, a caminho da eleição “telemática” de Puigdemont. A coligação Juntos pela Catalunha e a Esquerda Republicana da Catalunha anunciaram esta noite um acordo para a reeleição de Puigdemont para a presidência da Generalitat, mas o comunicado não especifica como será reeleito o ex-president, se por “via telemática” ou através da delegação da presença noutro deputado. A sessão inaugural do parlament, que hoje terá lugar, será marcada por elevada tensão. Os próximos dias indicarão se o país vai entrar num ciclo de “arrefecimento” político ou experimentar uma nova escalada de conflitualidade — entre Barcelona e Madrid e também dentro da Catalunha. A análise - sorte nossa - é do Jorge Almeida Fernandes.
A “rainha da rádio” que encantou o país pela televisão. "Madalena Iglésias, uma das figuras mais populares do nacional-cançonetismo dos anos 60, e que venceu o Festival da Canção em 1966, com Ele e ela, morreu ontem aos 78 anos numa clínica de Barcelona, cidade onde há muito se radicara. O musical What Happened to Madalena Iglésias?, que Filipe la Féria encenou em 1989, foi um sucesso de público e ajudou a consolidar o mito da bela cantora de olhos verdes, mesmo junto daqueles que ainda não tinham idade para recordar os gloriosos dias em que Madalena Iglésias só competia com Simone de Oliveira — numa rivalidade histórica que acabou em amizade — pelo título de primeira-dama da canção portuguesa". O Sérgio C. Andrade e a Liliana Borges começam assim o obituário, que se complementa com as respostas de João Carlos Callixto, investigador na área da música: "A voz dela marca toda a década de 1960". Eis porquê.
A esclerose múltipla “já não é um monstro tão grande”. Um grupo de estudos está a trabalhar numa proposta de registo nacional de doentes, porque há falta de dados concretos. E o desenvolvimento de fármacos vislumbra algum optimismo, porque “cada vez menos ter esclerose múltipla significa uma cadeira de rodas." Mas as conversas ainda começam assim:
"- Ah! Não tinha percebido que tinha essa doença."
"- Pois, não se vê."
A reportagem, que também é serviço público, é da Margarida David Cardoso.
A agenda do dia
O ministro Vieira da Silva vai ao Parlamento, para explicar o casamento anunciado entre Santa Casa e Montepio. Parlamento que recebe hoje uma petição com 8.600 assinaturas contra o encerramento de 22 estações dos CTT. Em Lisboa, os sindicatos da Educação reúnem-se para analisar as negociações sobre a carreira docente e definir formas de luta.
Fora do país estará António Costa, que vai à Eslovénia preparar a próxima presidência portuguesa da UE (lá para 2021). Isto enquanto, aqui ao lado, começa a assembleia constituinte da Catalunha, na incerteza sobre a posse de um presidente eleito que está fugido em Bruxelas.
Em Groningen, na Holanda, espera-se a entrega do prémio do público dos European Border Breakers Awards, distinção para "artistas emergentes", que tem Salvador Sobral entre os dez vencedores sujeitos a votação. Era justo, não era?
Isto leva-me a uma primeira recomendação para o seu fim-de-semana: "A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria", o projecto que regista a tradição e a música que é feita por todos os recantos do nosso país, faz sete anos esta terça-feira. A festa começa na sexta-feira - e faz-se pelas ruas. Vamos lá?
Para já, é fazer o dia produtivo e feliz.
Connosco sempre por aqui, a fazer-lhe companhia.
Até já!
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