domingo, 28 de janeiro de 2018

Novas buscas para tentar encontrar Maëlys de Araújo

As autoridades francesas realizaram, ao longo desta semana, novas buscas na tentativa de encontrar o corpo de Maëlys, a lusodescendente de oito anos, desaparecida, na noite de 27 de agosto, durante uma festa de casamento, em Pont-de-Beauvoisin, onde estavam com os pais. O único suspeito, Nordalh Lelandais, que continua a negar categoricamente qualquer envolvimento, no desaparecimento da criança, mantém-se em prisão preventiva.
As buscas centraram-se nas zonas "Cruet" e de "Montmélian" (cerca de 50 km do local de Pont-de-Beauvoisin), onde, há 15 dias, foram encontradas ossadas do militar francês, Arthur Noyer, procurado desde 12 de abril, um desaparecimento pelo qual Nordalh Lelandais, também já foi indiciado. Essa zona, constituída de inúmeros penhascos era muitas vezes frequentada pelo suspeito e as autoridades acreditam que o arguido possa ter abandonado o corpo da criança daquela área.
Encontrar os restos mortais de Maëlys é o que falta as autoridades para dissipar as dúvidas do envolvimento do suspeito. Recentemente, a mãe reconheceu o vestido que a filha usava, na noite do desaparecimento, quando as autoridades lhe mostraram fotogramas do sistema de viodeovigilância da aldeia, que captaram o Audi A3 do suspeito, com, ao que tudo indica, a criança no lugar do passageiro.
O suspeito ausentou-se três vezes da festa de casamento, supostamente para ir buscar droga para convidados. Duas saídas aconteceram antes das 2.45 horas, momento em que a menor desapareceu. Apenas dois minutos depois, câmaras captaram o carro do suspeito, com um vulto branco de criança com cabelo castanho no banco do passageiro. Sabe-se agora que Jennifer Cleyet-Marrel, mãe de Maëlys, foi confrontada duas vezes com estas imagens, tendo reconhecido um pormenor do vestido.
Meia hora depois, quando Nordhal voltou a passar por aquele local para regressar ao casamento, já nada estava no banco.
Para além dos desaparecimentos de Maëlys e de Arthur Noyer, a polícia francesa está a verificar a possível participação do indivíduo no desaparecimento de Estelle Mouzin, uma criança de 9 anos em parte incerta desde 2003. A menina desapareceu na zona de Seine et Marne, na zona de Paris. Nordalh estava naquela altura num quartel militar na zona. Os pais de Estelle já pediram aos juízes para investigar.
JN

Nenhum comentário:

Postar um comentário