Eram 5 horas da
manhã, andava a viatura da ADASCA na rua a distribuir material para as sessões
de colheitas de sangue a realizar em Março no Posto Fixo, enquanto, certamente
outros que se apresentam como defensores dos dadores de sangue estavam a “fazer
meninos”.
É irritante saber
como o mundo da dádiva está minado de compadrios, interesses enraizados,
cunhas, caras bonitas, vozes angélicas, fazendo crer hipocritamente que são
cristalinas ou inocentes, assumindo-se defender uma causa justa, nobre,
humanitária.
Os dadores ainda
não despertaram para a forma como são conduzidos à ignorância, deixando-se
embalar com o canto da cigarra…
Os que conhecem
o modelo de trabalho da ADASCA, sabem que não existem meios-termos, aqui
procuramos ser consequentes, determinados, e estar sempre na linha da frente na
defesa íntegra da dignidade de quem doa sangue no Posto Fixo desta associação.
Não temos por
hábito de pela frente dizer uma coisa, e por trás dizer o seu contrário, só
temos uma cara e, com a que temos nos apresentamos perante seja quem for.
Caros amigos, se
chegar a Julho do ano em curso, o autor desta reflexão completa 12 anos de dedicação
total a esta associação, sem que tenha alguma vez sido recompensado pelo seu trabalho.
Com base na
informação que nos foi fornecida pelo IPST, a ADASCA é a segunda maior associação
de dadores do País. Todos devem sentir-se congratulados com isso. Trabalha-se
para assim sermos.
Ontem registamos
com agrado uma boa adesão à sessão de colheitas de sangue, reflexo do trabalho
desenvolvido por todo o Concelho de Aveiro e limítrofes. Muito falta fazer…
Incomodamos?
Sim, é bom sinal. Como referi acima, somos consequentes: O Centro de Sangue e
Transplantação de Coimbra (CSTC), tem nos tratado ao nível de uma sola de
sapato, a desconsideração inacreditável.
O Conselho
Directivo do IPST tem conhecimento das investidas miseráveis, mas, nada
consegue alterar porque os interesses instalados falam bem mais alto. Como na
Direcção da IPST já conheci 4 Presidentes daquele Conselho Directivo, nem um conseguiu mudar seja o que for, todos tem saído pela porta estreita.
Por fim, fica
uma observação no ar: se não fosse a dedicação de alguns dirigentes
associativos na promoção da dádiva junto das suas comunidades, que universo de
dadores teria o ISPT?
Digo alguns
dirigentes, sim, porque uma boa parte deles nem sequer os dadores os conhecem,
passeiam-se por ai, pregando uma mensagem bafienta, interesseira, agradável a
certos ouvidos, ansiosos por aparecer num órgão de informação qualquer, mais preocupados
com o nó da gravata, do que com os direitos dos dadores.
Como sou
consequente, repito o que sempre tenho dito e escrito: Caros colegas dadores,
abram os olhos, despertem para a realidade que vos rodeia, pois doar sangue é
para o mesmo, para o doente, mas, não é tudo o mesmo. Cuidado.
J. Carlos
Director
Apresentação do Mapa de Sessões de
Colheitas de Sangue a realizar no ano de 2018 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro
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