sábado, 10 de março de 2018

Detalhe importante em reunião secreta de Palocci causa alvoroço na Lava Jato


O ex-ministro do PT não consegue acordo de delação premiada e se prejudica cada vez mais na Justiça.

A força-tarefa das investigações da Operação Lava Jato deflagrou nesta última sexta-feira, 9 de março, a Operação Buona Fortuna, que faz parte da 49° fase da Lava Jato. As investigações atingem em cheio o ex-ministro Delfim Neto. No entanto, o ex-ministro do Partido dos Trabalhadores (PT) Antonio Palocci foi citado cerca de 25 vezes na operação.

Segundo depoimento do delator Otávio Azevedo, da empresa Andrade Gutierrez, uma reunião suspeita foi comandada por Palocci, que na época tinha grande poder de influência no governo. A reunião aconteceu em um apartamento localizado na Asa Norte em Brasília. A reunião tratou de assuntos ilícitos como ”contribuição financeira para o PT e PMDB”.

No entanto, um fato que chama atenção, é que o apartamento em que foi realizado a reunião teve como moradora Wanine Santana Lima, uma ex-coordenadora do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça. Esta procuradora ganhou fama ao fazer parceria com o então sub-procurador Eugênio Aragão. Os dois bolavam estratégias para fazer com que autoridades americanas fossem impedidas de enviar documentos relativos as contas de Duda Mendonça para a Polícia Federal. 

Uma outra reunião de Palocci ocorreu em sua residência, em São Paulo, dois dias depois de se encontrarem no apartamento da Asa Norte.

Com inúmeras tentativas na Justiça, Antonio Palocci não está conseguindo acertar uma delação premiada. O acordo com o Ministério Público Federal (MPF) já dura mais de um ano e não vai pra frente.

A Lava Jato enfatizou que Palocci trabalhava no governo como uma porta-voz, ou seja, tudo o que acontecia passava pelo então ministro de Dilma e Lula.

Um eventual acordo de delação premiada não iria comprometer apenas membros do governo e partidos, mas sim bancos. Mesmo sendo atrativo para o MPF, ainda faltariam provas robustas para fazer com que a Justiça concorde com o acordo.

Em uma outra tentativa da defesa de Palocci, foi enviado um pedido ao Tribunal Regional Federal, da 4° região, o mesmo tribunal que condenou Lula em 12 anos e um mês de cadeia. O ex-ministro pediu para ser ouvido pelos desembargadores em segunda instância, da mesma forma que foi ouvido pelo juiz federal Sergio Moro. Porém, o recurso foi negado.

O advogado de Palocci, Adriano Bretas, informou que os trâmites na Justiça ocorrem em sigilo absoluto, não sendo possível emitir informações sobre o acordo de delação.
Via: blastingnews 


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